A propósito de declarações de Durão Barroso no Congresso do PSD
A Comissão Política do PCP reagiu anteontem às recentes declarações de Durão Barroso, considerando que a política de direita é responsável pelo avolumar de situações de tensão. Publicamos o comunicado na íntegra.
O PCP reafirma solidariedade com as reivindicações dos que lutam
1. A Comissão Política do PCP repudia e condena vigorosamente as afirmações caluniosas e provocatórias feitas pelo Presidente do PSD no Congresso do seu partido, ao acusar o PCP de gerar instabilidade nas forças de segurança, ao atribuir-lhe as responsabilidades por problemas de segurança que se venham a verificar durante o Euro 2004 e ao reclamar do PCP, de forma implicitamente ameaçadora, determinadas tomadas de posição ou atitudes.
2. Para além do estafado truque de tentar desacreditar os que lutam pelos seus direitos pela via das insinuações sobre alegadas conotações ou instrumentalizações partidárias, a extraordinária gravidade das declarações do Presidente do PSD, que provocaram viva indignação em vastos sectores de opinião, decorre fundamentalmente da tentativa de responsabilizar antecipadamente o PCP perante a opinião pública por eventuais «problemas de segurança» com o claro intuito de que fosse feita uma associação automática desses «problemas» com acontecimentos de forte carga dramática.
3. Trata-se não apenas da chocante atitude de um líder partidário que, sendo também Primeiro-Ministro, procura vergonhosamente sacudir para um partido de oposição responsabilidades políticas que são inerentes às funções governativas que exerce, mas sobretudo de um comportamento político que só pode ser explicado por uma imensa falta de escrúpulos e por enraizadas concepções autoritárias e antidemocráticas.
4. Ao mesmo tempo, o PCP não pode deixar de denunciar igualmente a inquietante natureza autoritária das declarações de Durão Barroso, questionando, de forma ameaçadora, o posicionamento do PCP no quadro do regime democrático, as quais, tendo em conta o seu simultâneo exercício das funções de Primeiro-Ministro, se revestem de uma excepcional gravidade e significado político.
5. Rejeitando frontalmente as tentativas de intimidação lançadas pelo Presidente do PSD e Primeiro-Ministro, o PCP reafirma sem qualquer hesitação a sua plena solidariedade com as justas reivindicações de todos os que lutam pelos seus direitos e sublinha que a política de direita, as suas promessas incumpridas e as atitudes injustas, arrogantes e prepotentes do Governo de Durão Barroso e de Paulo Portas é que são responsáveis pelo avolumar de situações de tensão e conflito social na sociedade portuguesa.
2. Para além do estafado truque de tentar desacreditar os que lutam pelos seus direitos pela via das insinuações sobre alegadas conotações ou instrumentalizações partidárias, a extraordinária gravidade das declarações do Presidente do PSD, que provocaram viva indignação em vastos sectores de opinião, decorre fundamentalmente da tentativa de responsabilizar antecipadamente o PCP perante a opinião pública por eventuais «problemas de segurança» com o claro intuito de que fosse feita uma associação automática desses «problemas» com acontecimentos de forte carga dramática.
3. Trata-se não apenas da chocante atitude de um líder partidário que, sendo também Primeiro-Ministro, procura vergonhosamente sacudir para um partido de oposição responsabilidades políticas que são inerentes às funções governativas que exerce, mas sobretudo de um comportamento político que só pode ser explicado por uma imensa falta de escrúpulos e por enraizadas concepções autoritárias e antidemocráticas.
4. Ao mesmo tempo, o PCP não pode deixar de denunciar igualmente a inquietante natureza autoritária das declarações de Durão Barroso, questionando, de forma ameaçadora, o posicionamento do PCP no quadro do regime democrático, as quais, tendo em conta o seu simultâneo exercício das funções de Primeiro-Ministro, se revestem de uma excepcional gravidade e significado político.
5. Rejeitando frontalmente as tentativas de intimidação lançadas pelo Presidente do PSD e Primeiro-Ministro, o PCP reafirma sem qualquer hesitação a sua plena solidariedade com as justas reivindicações de todos os que lutam pelos seus direitos e sublinha que a política de direita, as suas promessas incumpridas e as atitudes injustas, arrogantes e prepotentes do Governo de Durão Barroso e de Paulo Portas é que são responsáveis pelo avolumar de situações de tensão e conflito social na sociedade portuguesa.