O genocídio e a vergonha
O secretário-geral das Nações Unidas, Kofi Annan, reconheceu, quarta-feira da semana passada, que a ONU e os membros do Conselho de Segurança da organização nada fizeram para evitar o genocídio de quase um milhão de pessoas no Ruanda, em 1994.
Na mensagem, dedicada a assinalar a passagem do 10.º aniversário dos trágicos acontecimentos ocorridos naquele país africano, foi proferida durante uma conferência de imprensa paralela ao encontro da Comissão dos Direitos Humanos da ONU, que decorreu em Genebra, na Suíça.
Annan, que há data dos incidentes era o responsável pelas operações de manutenção de paz e colaborava activamente junto do secretário-geral, Butrus Gali, reconheceu ainda a justeza das críticas apontadas num relatório interno, datado de 1999, no qual foi acusado de passividade face à tragédia, e os EUA e a França apontados como cúmplices da limpeza étnica perpetrada por milícias hutus.
Em apenas uma centena de dias, entre Abril e Junho de 1994, morreram no Ruanda, às mão de milícias e mercenários identificados com a maioria hutu, 937 mil pessoas.
Dados recentes recolhidos pelas autoridades ruandesas indicam que cerca de 100 mil crianças ficaram órfãs e mais de 160 mil mulheres foram infectadas com o vírus da SIDA na sequência de abusos sexuais e violações ocorridas durante os massacres.
Na mensagem, dedicada a assinalar a passagem do 10.º aniversário dos trágicos acontecimentos ocorridos naquele país africano, foi proferida durante uma conferência de imprensa paralela ao encontro da Comissão dos Direitos Humanos da ONU, que decorreu em Genebra, na Suíça.
Annan, que há data dos incidentes era o responsável pelas operações de manutenção de paz e colaborava activamente junto do secretário-geral, Butrus Gali, reconheceu ainda a justeza das críticas apontadas num relatório interno, datado de 1999, no qual foi acusado de passividade face à tragédia, e os EUA e a França apontados como cúmplices da limpeza étnica perpetrada por milícias hutus.
Em apenas uma centena de dias, entre Abril e Junho de 1994, morreram no Ruanda, às mão de milícias e mercenários identificados com a maioria hutu, 937 mil pessoas.
Dados recentes recolhidos pelas autoridades ruandesas indicam que cerca de 100 mil crianças ficaram órfãs e mais de 160 mil mulheres foram infectadas com o vírus da SIDA na sequência de abusos sexuais e violações ocorridas durante os massacres.