McDiscriminação
A Câmara Municipal de Lisboa enviou, na passada semana, às escolas do 1.º Ciclo do concelho, uma circular a pedir a selecção de duas crianças para assistirem ao vivo uma partida do Euro2004 e entrarem em campo com os jogadores.
A iniciativa é da multinacional McDonalds, uma das principais patrocinadoras do Euro, que pretende levar cerca de meio milhar de crianças a assistirem ao evento, impondo para tal algumas condições.
De acordo com o documento enviado às escolas, assinado pela vereadora do pelouro da Educação e Acção Social, Helena Lopes Pereira, as crianças devem cumprir um conjunto de seis critérios, entre as quais «não possuir deficiência física ou mental», o que motivou a indignação generalizada.
Apesar de já ter revogado a decisão de participar na acção patrocinada pela empresa norte-americana, desculpando-se com uma anterior leitura «menos atenta» dos critérios pedidos, o facto é que a vereadora do PSD declarou, quando confrontada pela primeira vez com o sucedido, que era importante não «discriminar cinco crianças carenciadas que se não fosse o McDonald's não podiam assistir ao jogo da UEFA» e que este organismo não permite a presença de portadores de deficiência no terreno de jogo. Gilberto Madaíl, presidente da Federação Portuguesa de Futebol, afirmou, entretanto, desconhecer qualquer norma nesse sentido.
Em comunicado, o Sindicato dos Professores da Grande Lisboa condenou «de forma inequívoca a discriminação das crianças» e exortou «os professores a não colaborarem».
Também os eleitos do PCP na autarquia repudiaram o sucedido e apelaram ao boicote da iniciativa, enquanto a Associação Portuguesa de Deficientes considerou, pela voz do seu presidente, Humberto Santos, que «qualquer dia só deixam ir os loiros ou os de olhos azuis » e que «a APD não esperava que a vereadora aceitasse uma proposta dessas, e preocupa-nos que uma pessoa que está na área em que está (Acção Social e Educação), tenha tomado esta posição».
A iniciativa é da multinacional McDonalds, uma das principais patrocinadoras do Euro, que pretende levar cerca de meio milhar de crianças a assistirem ao evento, impondo para tal algumas condições.
De acordo com o documento enviado às escolas, assinado pela vereadora do pelouro da Educação e Acção Social, Helena Lopes Pereira, as crianças devem cumprir um conjunto de seis critérios, entre as quais «não possuir deficiência física ou mental», o que motivou a indignação generalizada.
Apesar de já ter revogado a decisão de participar na acção patrocinada pela empresa norte-americana, desculpando-se com uma anterior leitura «menos atenta» dos critérios pedidos, o facto é que a vereadora do PSD declarou, quando confrontada pela primeira vez com o sucedido, que era importante não «discriminar cinco crianças carenciadas que se não fosse o McDonald's não podiam assistir ao jogo da UEFA» e que este organismo não permite a presença de portadores de deficiência no terreno de jogo. Gilberto Madaíl, presidente da Federação Portuguesa de Futebol, afirmou, entretanto, desconhecer qualquer norma nesse sentido.
Em comunicado, o Sindicato dos Professores da Grande Lisboa condenou «de forma inequívoca a discriminação das crianças» e exortou «os professores a não colaborarem».
Também os eleitos do PCP na autarquia repudiaram o sucedido e apelaram ao boicote da iniciativa, enquanto a Associação Portuguesa de Deficientes considerou, pela voz do seu presidente, Humberto Santos, que «qualquer dia só deixam ir os loiros ou os de olhos azuis » e que «a APD não esperava que a vereadora aceitasse uma proposta dessas, e preocupa-nos que uma pessoa que está na área em que está (Acção Social e Educação), tenha tomado esta posição».