O melhor para Portugal
As eleições de 13 de Junho para o Parlamento Europeu são mais um combate que os comunistas portugueses encaram com grande confiança e determinação. Convictos dos ideais e valores que defendem, os militantes do PCP e activistas da CDU partem para esta campanha eleitoral de cabeça erguida, tendo como principal argumento o imenso trabalho realizado e os resultados obtidos na defesa intransigente dos trabalhadores e dos interesses nacionais.
As eleições são também a ocasião para condenar a política do actual governo
«Se é na União Europeia que se decidem as questões importantes para Portugal, então os comunistas tem de lá estar, porque somos nós que melhor defendemos os interesses dos trabalhadores e do País». Esta afirmação, proferida no final dos trabalhos da primeira secção do Encontro Nacional do PCP sobre as eleições europeias, que juntou mil participantes, no sábado, em Lisboa, sintetizou uma das principais ideias que irão estar presentes campanha da CDU: a «Europa», comandada pelos grandes países sob a batuta dos grupos económicos transnacionais, há muito que deixou de ser uma coisa aparentemente distante e anódina.
As políticas comunitárias neoliberais impõem-se cada vez mais aos espaços nacionais, não restando praticamente áreas ou sectores de actividade fora da alçada das directivas (leis) emanadas de Bruxelas. O que aqui se decide tem profundas implicações na vida dos povos pelo que, como salienta a declaração aprovada no Encontro, é necessário mobilizar «os eleitores de esquerda para o voto na CDU, combatendo factores e atitudes de alheamento, desinteresse e abstenção».
Os objectivos dos comunistas e seus aliados são claros: obter «mais votos e mais deputados», explicou Agostinho Lopes, membro da Comissão Política, lembrando que, em 1999, a coligação não elegeu o terceiro deputado por uns escassos 1800 votos.
O voto na CDU, frisou ainda este dirigente, «significará a eleição de deputados que, no Parlamento Europeu, garantirão com coerência, rigor e fidelidade aos seus compromissos, a defesa dos interesses dos portugueses e do País».
Por outro lado, estas eleições «vão ter, já estão a ter, uma importância política mais vasta, geral. Sabendo-se da influência de qualquer sondagem mixuruca, fácil é adivinhar os impactos políticos dos seus resultados (...) Estas eleições vão (ou podem) influenciar muito a vida política do País. Podem ajudar, contribuir para travar/derrotar a política de direita e o Governo PSD/CDS-PP.»
Uma valorosa intervenção
Mais de 30 relatórios e pareceres no Parlamento Europeu, perto de 700 intervenções e declarações de voto em sessões plenárias, cerca de 300 perguntas à Comissão Europeia, centenas de propostas e dezenas de resoluções e debates agendados são apenas alguns dos números do incessante trabalho efectuado pelos eurodeputados do PCP a que se devem acrescentar centenas de visitas, reuniões e encontros quer realizaram em Portugal e no estrangeiro, lutando pela paz e contra a guerra, prestando solidariedade aos povos da Palestina, América Latina, de Timor; batendo-se ao lado dos trabalhadores contra o encerramento selvagem de empresas, denunciando a perseguição judicial das mulheres por prática de aborto.
Chamando à atenção para esta valiosa acção, desenvolvida ao longo de cinco anos e justamente enaltecida pelos cerca de 50 intervenientes no encontro, Carlos Carvalhas observou:
«Se os eleitores se decidissem por factores racionais e por uma informação objectiva teriam de atender ao trabalho dos deputados, à sua intervenção, às suas decisões, às propostas que apresentaram para a Europa e para o país.»
Contudo, como constatou o secretário-geral do PCP, «os portugueses têm uma informação muito limitada da intervenção dos deputados portugueses no Parlamento Europeu, o que nos penaliza». Por isso, concluiu mais adiante, «uma tarefa importante que temos pela frente é a de dar a conhecer o trabalho realizado pelos nossos deputados».
Marcar a diferença
Considerando o trabalho desenvolvido no Parlamento Europeu como um factor que pode «favorecer um bom resultado da CDU», Agostinho Lopes alertou, no entanto, para a existência de factores desfavoráveis que devem ser tidos em conta durante a campanha. Entre estes destacam-se as «manifestações abstencionistas», problema que desta vez se coloca com maior acuidade já que, para além do facto de as eleições de 13 de Junho coincidirem com uma ponte, estará a decorrer o Euro 2004, cujo previsível impacto mediático poderá retirar importância ao acto eleitoral.
Outro factor desfavorável, referiu aquele membro da Comissão Política, «será a possível hostilidade e silenciamento, quando não deturpação de alguns media relativamente às posições e actividades do PCP e da CDU, como aliás vem acontecendo».
Todavia, como a seguir frisou, «cada vez mais a campanha eleitoral são duas campanhas: a mediática, a que tem direito ao acompanhamento de jornalistas e câmaras de televisão, predominantemente feita com secretários-gerais e, no caso do Parlamento Europeu, com os cabeças de lista, a campanha dos tempos de antena e grandes iniciativas, e a outra. A que não tem expressão nos grandes media de impacto nacional. A que se passa localmente, regionalmente, com alguma cobertura da comunicação social local. A dos folhetos distribuídos nos mercados e feiras. A de muitas pequenas e médias iniciativas. A dos porta-a-porta.
«Ao mesmo tempo que precisamos de melhorar, explorar ao máximo, com a planificação e as iniciativas adequadas a campanha mais mediatizada, temos de procurar elevar, valorizar, enriquecer a outra campanha.»
«Esta pode ser a nossa grande diferença», afirmou Agostinho Lopes, sublinhando que não se trata de «uma campanha de ou para especialistas! Feita pelos que conhecem aquele linguajar difícil da subsidiaridade, da PAC, do PEC, da coesão económica e social, do federalismo, da convergência nominal. É uma campanha que pode ser feita por todos. É uma campanha para ser feita por todos!».
As políticas comunitárias neoliberais impõem-se cada vez mais aos espaços nacionais, não restando praticamente áreas ou sectores de actividade fora da alçada das directivas (leis) emanadas de Bruxelas. O que aqui se decide tem profundas implicações na vida dos povos pelo que, como salienta a declaração aprovada no Encontro, é necessário mobilizar «os eleitores de esquerda para o voto na CDU, combatendo factores e atitudes de alheamento, desinteresse e abstenção».
Os objectivos dos comunistas e seus aliados são claros: obter «mais votos e mais deputados», explicou Agostinho Lopes, membro da Comissão Política, lembrando que, em 1999, a coligação não elegeu o terceiro deputado por uns escassos 1800 votos.
O voto na CDU, frisou ainda este dirigente, «significará a eleição de deputados que, no Parlamento Europeu, garantirão com coerência, rigor e fidelidade aos seus compromissos, a defesa dos interesses dos portugueses e do País».
Por outro lado, estas eleições «vão ter, já estão a ter, uma importância política mais vasta, geral. Sabendo-se da influência de qualquer sondagem mixuruca, fácil é adivinhar os impactos políticos dos seus resultados (...) Estas eleições vão (ou podem) influenciar muito a vida política do País. Podem ajudar, contribuir para travar/derrotar a política de direita e o Governo PSD/CDS-PP.»
Uma valorosa intervenção
Mais de 30 relatórios e pareceres no Parlamento Europeu, perto de 700 intervenções e declarações de voto em sessões plenárias, cerca de 300 perguntas à Comissão Europeia, centenas de propostas e dezenas de resoluções e debates agendados são apenas alguns dos números do incessante trabalho efectuado pelos eurodeputados do PCP a que se devem acrescentar centenas de visitas, reuniões e encontros quer realizaram em Portugal e no estrangeiro, lutando pela paz e contra a guerra, prestando solidariedade aos povos da Palestina, América Latina, de Timor; batendo-se ao lado dos trabalhadores contra o encerramento selvagem de empresas, denunciando a perseguição judicial das mulheres por prática de aborto.
Chamando à atenção para esta valiosa acção, desenvolvida ao longo de cinco anos e justamente enaltecida pelos cerca de 50 intervenientes no encontro, Carlos Carvalhas observou:
«Se os eleitores se decidissem por factores racionais e por uma informação objectiva teriam de atender ao trabalho dos deputados, à sua intervenção, às suas decisões, às propostas que apresentaram para a Europa e para o país.»
Contudo, como constatou o secretário-geral do PCP, «os portugueses têm uma informação muito limitada da intervenção dos deputados portugueses no Parlamento Europeu, o que nos penaliza». Por isso, concluiu mais adiante, «uma tarefa importante que temos pela frente é a de dar a conhecer o trabalho realizado pelos nossos deputados».
Marcar a diferença
Considerando o trabalho desenvolvido no Parlamento Europeu como um factor que pode «favorecer um bom resultado da CDU», Agostinho Lopes alertou, no entanto, para a existência de factores desfavoráveis que devem ser tidos em conta durante a campanha. Entre estes destacam-se as «manifestações abstencionistas», problema que desta vez se coloca com maior acuidade já que, para além do facto de as eleições de 13 de Junho coincidirem com uma ponte, estará a decorrer o Euro 2004, cujo previsível impacto mediático poderá retirar importância ao acto eleitoral.
Outro factor desfavorável, referiu aquele membro da Comissão Política, «será a possível hostilidade e silenciamento, quando não deturpação de alguns media relativamente às posições e actividades do PCP e da CDU, como aliás vem acontecendo».
Todavia, como a seguir frisou, «cada vez mais a campanha eleitoral são duas campanhas: a mediática, a que tem direito ao acompanhamento de jornalistas e câmaras de televisão, predominantemente feita com secretários-gerais e, no caso do Parlamento Europeu, com os cabeças de lista, a campanha dos tempos de antena e grandes iniciativas, e a outra. A que não tem expressão nos grandes media de impacto nacional. A que se passa localmente, regionalmente, com alguma cobertura da comunicação social local. A dos folhetos distribuídos nos mercados e feiras. A de muitas pequenas e médias iniciativas. A dos porta-a-porta.
«Ao mesmo tempo que precisamos de melhorar, explorar ao máximo, com a planificação e as iniciativas adequadas a campanha mais mediatizada, temos de procurar elevar, valorizar, enriquecer a outra campanha.»
«Esta pode ser a nossa grande diferença», afirmou Agostinho Lopes, sublinhando que não se trata de «uma campanha de ou para especialistas! Feita pelos que conhecem aquele linguajar difícil da subsidiaridade, da PAC, do PEC, da coesão económica e social, do federalismo, da convergência nominal. É uma campanha que pode ser feita por todos. É uma campanha para ser feita por todos!».