Ano Novo, Confiança e Luta
O espectro de uma tirania «global» nunca foi tão real
O ano de 2004 anuncia-se particularmente exigente para os comunistas e todos quantos por esse mundo fora lutam por uma sociedade mais livre, mais pacífica e mais justa.
A violência da ofensiva imperialista de recolonização do mundo, de que a invasão e ocupação do Iraque é expressão, não deixa espaço para tréguas. A tentativa de impor uma «nova ordem» hegemonizada pelos EUA contra os trabalhadores e contra os povos, não dá sinais de retroceder apesar do clamor da luta. O espectro de uma tirania «global» nunca foi tão real depois da derrota da criminosa aventura nazi.
È verdade que o imperialismo não tem as mãos livres. Encontra pela frente a resistência e a luta tenaz dos povos dos cinco continentes. Tropeça com os seus próprios limites e com rivalidades e contradições que em 2003 se tornaram particularmente evidentes. O ano findo evidenciou com força, não apenas a incapacidade do capitalismo se furtar a crises cíclicas destruidoras, mas as suas fragilidades estruturais. A começar pelos EUA cuja «prosperidade», assente na atracção de capitais e na apropriação rapace da mais valia criada por todo o mundo, esconde colossais desequilíbrios macro-económicos que ameaçam em permanência os fundamentos do sistema. Mas é isto precisamente que torna o imperialismo tão perigoso. O próprio mecanismo de reprodução capitalista clama por mais intensa exploração do trabalho, pelo controle de recursos energéticos e avanços tecnológicos, pelo constante alargamento dos mercados. O neoliberalismo destruidor de conquistas e direitos de valor civilizacional e a guerra «preventiva» e «permanente», são elementos centrais de um processo que se propõe redesenhar as instituições e a legalidade internacionais à medida dos interesses do grande capital.
O que tal significa do ponto de vista estratégico, é evidente: «socialismo ou barbárie», segundo a fórmula célebre de Rosa Luxemburgo, uma revolucionária marxista exemplar que é oportuno evocar por ocasião do aniversário do seu vil assassinato em 11 de Janeiro de 1919. Ou seja, o combate contra o neoliberalismo e a guerra só será consequente apontando muito para além da conjuntura, situando cada batalha por objectivos concretos e imediatos no marco mais amplo da luta pelo socialismo. È com esta rasgada perspectiva que os comunistas portugueses constróem a resistência do dia a dia à brutal ofensiva da direita que visa os próprios fundamentos do regime democrático conquistado com a revolução de Abril; participam nas mil e uma lutas dos trabalhadores e das massas populares; lutam para interromper o perigoso governo do PSD/CDS-PP e por uma alternativa democrática; enfrentam a difícil batalha das eleições para o Parlamento Europeu; desenvolvem a acção contra a guerra e a solidariedade com os povos em luta; realizam o trabalho insubstituível de construção do Partido e preparam o seu XVII Congresso, a mais importante das tarefas do colectivo partidário em 2004.
Abordamos o Novo Ano com a consciência de grandes perigos no plano nacional, europeu e mundial mas, simultaneamente, valorizando muito corajosas acções de resistência e poderosas lutas, incluindo levantamentos populares que, do Iraque e da Palestina à Bolívia ou a Cancun percorreram o mundo no ano findo. Elas fortalecem a nossa convicção de que, sejam quais forem as dificuldades, a luta pelo progresso social, a paz e o socialismo acabará por prevalecer. Os dramáticos problemas do mundo contemporâneo constituem uma violenta acusação do capitalismo e colocam por si sós a exigência da sua superação revolucionária. Aos comunistas e seus aliados as difíceis tarefas de esclarecimento, organização e acumulação de forças para que a viragem que o país e o mundo reclamam se tornem realidade.
A violência da ofensiva imperialista de recolonização do mundo, de que a invasão e ocupação do Iraque é expressão, não deixa espaço para tréguas. A tentativa de impor uma «nova ordem» hegemonizada pelos EUA contra os trabalhadores e contra os povos, não dá sinais de retroceder apesar do clamor da luta. O espectro de uma tirania «global» nunca foi tão real depois da derrota da criminosa aventura nazi.
È verdade que o imperialismo não tem as mãos livres. Encontra pela frente a resistência e a luta tenaz dos povos dos cinco continentes. Tropeça com os seus próprios limites e com rivalidades e contradições que em 2003 se tornaram particularmente evidentes. O ano findo evidenciou com força, não apenas a incapacidade do capitalismo se furtar a crises cíclicas destruidoras, mas as suas fragilidades estruturais. A começar pelos EUA cuja «prosperidade», assente na atracção de capitais e na apropriação rapace da mais valia criada por todo o mundo, esconde colossais desequilíbrios macro-económicos que ameaçam em permanência os fundamentos do sistema. Mas é isto precisamente que torna o imperialismo tão perigoso. O próprio mecanismo de reprodução capitalista clama por mais intensa exploração do trabalho, pelo controle de recursos energéticos e avanços tecnológicos, pelo constante alargamento dos mercados. O neoliberalismo destruidor de conquistas e direitos de valor civilizacional e a guerra «preventiva» e «permanente», são elementos centrais de um processo que se propõe redesenhar as instituições e a legalidade internacionais à medida dos interesses do grande capital.
O que tal significa do ponto de vista estratégico, é evidente: «socialismo ou barbárie», segundo a fórmula célebre de Rosa Luxemburgo, uma revolucionária marxista exemplar que é oportuno evocar por ocasião do aniversário do seu vil assassinato em 11 de Janeiro de 1919. Ou seja, o combate contra o neoliberalismo e a guerra só será consequente apontando muito para além da conjuntura, situando cada batalha por objectivos concretos e imediatos no marco mais amplo da luta pelo socialismo. È com esta rasgada perspectiva que os comunistas portugueses constróem a resistência do dia a dia à brutal ofensiva da direita que visa os próprios fundamentos do regime democrático conquistado com a revolução de Abril; participam nas mil e uma lutas dos trabalhadores e das massas populares; lutam para interromper o perigoso governo do PSD/CDS-PP e por uma alternativa democrática; enfrentam a difícil batalha das eleições para o Parlamento Europeu; desenvolvem a acção contra a guerra e a solidariedade com os povos em luta; realizam o trabalho insubstituível de construção do Partido e preparam o seu XVII Congresso, a mais importante das tarefas do colectivo partidário em 2004.
Abordamos o Novo Ano com a consciência de grandes perigos no plano nacional, europeu e mundial mas, simultaneamente, valorizando muito corajosas acções de resistência e poderosas lutas, incluindo levantamentos populares que, do Iraque e da Palestina à Bolívia ou a Cancun percorreram o mundo no ano findo. Elas fortalecem a nossa convicção de que, sejam quais forem as dificuldades, a luta pelo progresso social, a paz e o socialismo acabará por prevalecer. Os dramáticos problemas do mundo contemporâneo constituem uma violenta acusação do capitalismo e colocam por si sós a exigência da sua superação revolucionária. Aos comunistas e seus aliados as difíceis tarefas de esclarecimento, organização e acumulação de forças para que a viragem que o país e o mundo reclamam se tornem realidade.