A «colónia» afegã
O coronel Rudolf Retzer, comandante das forças militares alemãs em Cabul, no Afeganistão, declarou, em entrevista divulgada quinta-feira pelo Neuen Osnabruecker Zeitung, que o mandato da Força Internacional de Assistência à Segurança (ISAF) no país «deveria durar mais de dez anos».
As justificações avançadas confirmam as intenções neocolonialistas das potências capitalistas para região, as quais, através desta assunção pública, foram completamente desnudadas.
Segundo as declarações do militar germânico, o Afeganistão precisa de permanecer ocupado por «14 anos ou mais» para formar uma geração educada em «tempo de paz», pelo que «o país vai necessitar da ajuda da comunidade internacional».
O responsável não qualificou o tipo de «ajuda» mas, a julgar pelo exposto, a factura vai ser entregue por mão própria e em tons de verde caqui.
A título de «exemplo» do papel «educativo» que as forças militares norte-americanas estacionadas no Afeganistão estão dispostas a desempenhar junto das novas gerações, está a morte de dez pessoas num bombardeamento aéreo, entre as quais nove crianças, sábado, em Ghazni, no norte do país.
Segundo o comunicado do comando americano, a missão visava eliminar um «terrorista» que operava na região, tida como «rural e isolada». Após o raide da aviação norte-americana entraram em cena as unidades terrestres, tendo encontrado juntamente com o alegado «perigoso terrorista», os corpos de nove crianças atingidas pelos ditos «danos colaterais».
Resistência continua
A provar que há quem não partilhe dos planos gizados pelos invasores, estão as inúmeras operações levadas a cabo por grupos de resistentes afegãos e o facto, ainda não desmentido, de o governo de Karzai, homem de mão dos EUA, não controlar o extenso território para lá da capital.
O último atentado junto das instalações da Embaixada dos EUA em Cabul, ocorrido no mesmo dia em que as declarações de Retzer foram conhecidas, é mais um sinal cabal de que a guerra ainda não acabou e que, por muito que tentem cobrir os acontecimentos com um pesado manto de silêncio e desinformação, a vida não está fácil para os que prometeram soluções instantâneas para o país.
Entretanto, o secretário da Defesa dos EUA, Donald Rumsfeldt, encontrou-se com dois «senhores da guerra» que controlam a fronteira norte do Afeganistão e, segundo informações veiculadas por agências internacionais, não conseguiu estabelecer um acordo que garanta o cessar fogo no conflito latente entre ex-opositores ao regime teocrático talibã.
As justificações avançadas confirmam as intenções neocolonialistas das potências capitalistas para região, as quais, através desta assunção pública, foram completamente desnudadas.
Segundo as declarações do militar germânico, o Afeganistão precisa de permanecer ocupado por «14 anos ou mais» para formar uma geração educada em «tempo de paz», pelo que «o país vai necessitar da ajuda da comunidade internacional».
O responsável não qualificou o tipo de «ajuda» mas, a julgar pelo exposto, a factura vai ser entregue por mão própria e em tons de verde caqui.
A título de «exemplo» do papel «educativo» que as forças militares norte-americanas estacionadas no Afeganistão estão dispostas a desempenhar junto das novas gerações, está a morte de dez pessoas num bombardeamento aéreo, entre as quais nove crianças, sábado, em Ghazni, no norte do país.
Segundo o comunicado do comando americano, a missão visava eliminar um «terrorista» que operava na região, tida como «rural e isolada». Após o raide da aviação norte-americana entraram em cena as unidades terrestres, tendo encontrado juntamente com o alegado «perigoso terrorista», os corpos de nove crianças atingidas pelos ditos «danos colaterais».
Resistência continua
A provar que há quem não partilhe dos planos gizados pelos invasores, estão as inúmeras operações levadas a cabo por grupos de resistentes afegãos e o facto, ainda não desmentido, de o governo de Karzai, homem de mão dos EUA, não controlar o extenso território para lá da capital.
O último atentado junto das instalações da Embaixada dos EUA em Cabul, ocorrido no mesmo dia em que as declarações de Retzer foram conhecidas, é mais um sinal cabal de que a guerra ainda não acabou e que, por muito que tentem cobrir os acontecimentos com um pesado manto de silêncio e desinformação, a vida não está fácil para os que prometeram soluções instantâneas para o país.
Entretanto, o secretário da Defesa dos EUA, Donald Rumsfeldt, encontrou-se com dois «senhores da guerra» que controlam a fronteira norte do Afeganistão e, segundo informações veiculadas por agências internacionais, não conseguiu estabelecer um acordo que garanta o cessar fogo no conflito latente entre ex-opositores ao regime teocrático talibã.