Israel não desarma
O governo israelita prossegue a sua estratégia de permanente conflito e provocação para impedir o direito do povo palestiniano à independência.
Sharon já havia tomado a decisão de expulsar Arafat e a ANP
Depois de uma mega-operação militar, quarta-feira, nos territórios ocupados da Cisjordânia e da Faixa de Gaza, da qual resultaram dezenas de detenções de activistas políticos e de dois alegados «bombistas suicidas» que se preparavam para um atentado no norte de Israel, o ministro de Segurança Interna israelita, Tzahi Hanegbi, afirmou que «se o atentado que conseguimos evitar tivesse tido lugar, é evidente que Arafat já não estaria neste momento na região do Médio Oriente».
Tzahi Hanegbi foi o porta-voz das velhas intenções belicístas ao lembrar que o executivo de Ariel Sharon já havia tomado a decisão de expulsar Arafat e a Autoridade Nacional Palestiniana na sequência dos atentados contra as Torres Gémeas, a 11 de Setembro de 2001, numa clara demonstração de que a ameaça e a retaliação cega continuam a constituir o principal fio condutor da política sionista, cuja medida exacta é, custe o que custar, aniquilar o líder da ANP e «partir a espinha» à organização.
Começam as expulsões
A dar nota da linha de orientação anteriormente referida está a medida tomada pelo Supremo Tribunal de Israel (STI) que, na quinta-feira, decidiu expulsar 12 palestinianos da Cisjordânia.
Esta dúzia de detidos faz parte de um grupo de 18 indivíduos deportados para a Faixa de Gaza, sob custódia das autoridades militares israelitas, onde estão confinados a prisão domiciliária.
Os defensores judiciais dos palestinianos acusaram o STI de, com estas expulsões, violar o disposto na Convenção de Genebra, que proíbe as «transferências forçadas, em massa ou individuais», artigo aliás já usado pelo Tribunal Penal Internacional para condenar por crimes de guerra diversos intervenientes no conflito dos Balcãs, facto que parece não incomodar Sharon e os seus pares, apostados em prosseguir o clima de terror na região.
Recorde-se que na semana anterior o chefe do Departamento de Relações Internacionais do Serviço de Prisões de Israel levou diversos jornalistas estrangeiros a cadeias e centros de detenção para demonstrar a sobrelotação das estruturas.
Não será estranho que este problema venha a ser, a breve trecho, uma das justificações para a aceleração da política de deportações em massa, que paralelamente à construção do «muro de segurança» e ao cinismo com que Israel encara o plano de paz alternativo discutido em Genebra, ameaçam condenar definitivamente dois povos e as suas esperanças de liberdade e paz.
Informações «apimentadas»
Apostados em fomentar o clima de medo, tanto contra os palestinianos como internamente junto dos seus cidadãos, o governo israelita não olha a meios para «legitimar» as suas posições.
Uma investigação do Centro Jaffee de Estudos Estratégicos da Universidade de Telavive revelou, quinta-feira, que os serviços secretos israelitas exageraram o teor das informações que davam conta da possibilidade de Saddam Hussein atacar o país, caso britânicos e norte-americanos atacassem o Iraque, como acabou por acontecer.
Quanto ao tipo de armas potencialmente utilizáveis não foram divulgados dados, no entanto, dois deputados do Knesset, o parlamento israelita, propuseram a criação de uma comissão de inquérito para avaliar a questão, uma vez que, à semelhança do que aconteceu em Inglaterra, é a credibilidade dos serviços de informação que está posta em causa.
Tzahi Hanegbi foi o porta-voz das velhas intenções belicístas ao lembrar que o executivo de Ariel Sharon já havia tomado a decisão de expulsar Arafat e a Autoridade Nacional Palestiniana na sequência dos atentados contra as Torres Gémeas, a 11 de Setembro de 2001, numa clara demonstração de que a ameaça e a retaliação cega continuam a constituir o principal fio condutor da política sionista, cuja medida exacta é, custe o que custar, aniquilar o líder da ANP e «partir a espinha» à organização.
Começam as expulsões
A dar nota da linha de orientação anteriormente referida está a medida tomada pelo Supremo Tribunal de Israel (STI) que, na quinta-feira, decidiu expulsar 12 palestinianos da Cisjordânia.
Esta dúzia de detidos faz parte de um grupo de 18 indivíduos deportados para a Faixa de Gaza, sob custódia das autoridades militares israelitas, onde estão confinados a prisão domiciliária.
Os defensores judiciais dos palestinianos acusaram o STI de, com estas expulsões, violar o disposto na Convenção de Genebra, que proíbe as «transferências forçadas, em massa ou individuais», artigo aliás já usado pelo Tribunal Penal Internacional para condenar por crimes de guerra diversos intervenientes no conflito dos Balcãs, facto que parece não incomodar Sharon e os seus pares, apostados em prosseguir o clima de terror na região.
Recorde-se que na semana anterior o chefe do Departamento de Relações Internacionais do Serviço de Prisões de Israel levou diversos jornalistas estrangeiros a cadeias e centros de detenção para demonstrar a sobrelotação das estruturas.
Não será estranho que este problema venha a ser, a breve trecho, uma das justificações para a aceleração da política de deportações em massa, que paralelamente à construção do «muro de segurança» e ao cinismo com que Israel encara o plano de paz alternativo discutido em Genebra, ameaçam condenar definitivamente dois povos e as suas esperanças de liberdade e paz.
Informações «apimentadas»
Apostados em fomentar o clima de medo, tanto contra os palestinianos como internamente junto dos seus cidadãos, o governo israelita não olha a meios para «legitimar» as suas posições.
Uma investigação do Centro Jaffee de Estudos Estratégicos da Universidade de Telavive revelou, quinta-feira, que os serviços secretos israelitas exageraram o teor das informações que davam conta da possibilidade de Saddam Hussein atacar o país, caso britânicos e norte-americanos atacassem o Iraque, como acabou por acontecer.
Quanto ao tipo de armas potencialmente utilizáveis não foram divulgados dados, no entanto, dois deputados do Knesset, o parlamento israelita, propuseram a criação de uma comissão de inquérito para avaliar a questão, uma vez que, à semelhança do que aconteceu em Inglaterra, é a credibilidade dos serviços de informação que está posta em causa.