Pescas mais ameaçadas

Uma delegação do PCP, integrando Jorge Pires, membro da Comissão Política, dirigentes locais do PCP de Sesimbra e eleitos autárquicos, visitou, no dia 13 de Novembro, a Docapesca de Sesimbra, contactando com os pescadores, que se mostraram preocupados com as consequências que já se fazem sentir do encerramento da Docapesca em Lisboa. Preocupa-os particularmente a concorrência com a vinda de arrastões de Leixões, Aveiro e Lisboa, que começaram a operar na linha da costa (3 a 4 milhas), mas chamaram também a atenção para a necessidade de uma maior fiscalização das autoridades com meios aéreos e defenderam a existência de duas lotas, uma para os arrastões, outra para a pesca artesanal.
Durante a visita, a delegação convidou os pescadores e armadores a participarem num debate sobre esta problemática, que se realizou, três dias depois, com a presença de mais de 60 pessoas e a participação de Ilda Figueiredo, deputada comunista ao Parlamento Europeu.
O debate centrou-se inevitavelmente sobre a crise do sector nos últimos anos e nas consequências das políticas seguidas pelos sucessivos governos do PS e do PSD, de subserviência aos interesses da União Europeia, em detrimento dos interesses nacionais.
Na sua intervenção, Ilda Figueiredo, começando por referir a diminuição drástica sofrida pela frota portuguesa nos últimos dez anos - que teve como consequência a duplicação das importações de pescado no mesmo período -, lembrou os prejuízos que advieram para Sesimbra do Acordo com Marrocos e alertou para o novo Acordo com Espanha.
Inúmeros pescadores e armadores colocaram alguns dos problemas que os preocupam, como sejam a necessidade de regulamentação para o defeso biológico, garantindo a perpetuação do pescado; o problema do salário dos pescadores ser leiloado na lota; os problemas das reformas.


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