Nos novos navios da Soflusa a redução brutal das tripulações poria em risco a segurança de milhares de passageiros e das centenas de tripulantes, alertam os sindicatos representativos dos trabalhadores da empresa que assegura a ligação fluvial entre o Barreiro e Lisboa. Na carta-aberta que na semana passada enviaram ao ministro dos Transportes, sublinham que «a segurança dos utentes é um direito e não pode ser encarada apenas como um custo», pelo que se têm oposto à intenção de reduzir o pessoal na empresa e têm reivindicado a dotação de seis tripulantes por cada navio. A administração da Soflusa, além de declarar que não respeitará os compromissos assumidos na candidatura ao financiamento comunitário da renovação da prova (aumentar o quadro para 304 trabalhadores), insiste na intenção de dotar cada navio apenas com quatro tripulantes. Contudo, na formação que está a ser dada aos trabalhadores, vem reconhecer que a preocupação e reivindicação é justa e adequada, uma vez que nos textos distribuídos aos formandos se afirma que, em caso de necessidade de lançamento de balsas, «será necessário recrutar 3 ou 4 passageiros, já que o número de tripulantes é reduzido, para orientar, verificar os coletes e apaziguar/acalmar os passageiros».