Uma maioria de 54,4 por cento dos eleitores romenos pronunciaram-se favoravelmente à nova Constituição do país, elaborada de acordo com a legislação europeia. À excepção do partido de extrema direita Romania Mare, todas as forças políticas apelaram ao sim na consulta que decorreu sob o lema «Sim à Europa». Apesar disso, face à fraca participação no sufrágio, o governo teve necessidade de apelar aos responsáveis autárquicos para que «encontrassem soluções» para incitar os romenos a cumprir o seu dever.
Em várias aldeias, os párocos contribuíram para a mobilização dos fiéis, conduzindo-os em colunas, no final da missa dominical, para as mesas de voto. Em distritos do norte, os eleitores foram encorajados a votar com a promessa de não lhes ser cobrada a factura do aquecimento deste mês. Noutros, as autoridades locais ameaçaram não pagar as pensões de reforma aos que faltassem às urnas; e na cidade de Bacau chegou mesmo a ser organizado um sorteio de uma dezena de televisores para os que cumprissem o dever cívico.