Condenar Israel
Integrada numa delegação da Esquerda Unitária Europeia, a deputada, do PCP, Ilda Figueiredo esteve no final de Setembro na Palestina onde manteve um conjunto de encontros com as autoridades e diversas organizações.
É tempo de a União Europeia suspender os acordos com Israel
Em declarações ao «Avante!», a deputada comunista manifestou a sua crescente indignação quanto «às humilhações permanentes que Israel inflige ao povo palestiniano, ocupando-lhe o território, estabelecendo constantes pontos de controlo armado, destruindo habitações e equipamentos sociais, construindo vedações e muros que criam autênticos guetos em plena Palestina».
No encontro com o presidente Yasser Arafat, a delegação manifestou-lhe solidariedade e condenou as recentes ameaças de expulsão e mesmo de assassinato feitas pelo governo de Sharon. «Sabemos que a Assembleia Geral da ONU criticou o governo israelita quanto a este propósito mas, deploravelmente, os EUA vetaram uma resolução no mesmo sentido, aliás com a abstenção da Alemanha e da Grã-Bretanha».
No encontro, referiu ainda Ilda Figueiredo, o presidente Arafat «pediu para que sejam feitas pressões concretas sobre o governo de Sharon, visando obter o fim da construção do muro da vergonha entre Israel e a Palestina e insistiu na necessidade de enviar observadores internacionais visando o fim da ocupação da Palestina e o cumprimento das decisões da ONU».
Tendo visitado o muro, a deputada sublinha que aquela estrutura «não é uma simples fronteira. É um projecto que envolve mais de 180 quilómetros, com paredes de oito metros de altura, estradas e barreiras eléctricas, construído em pleno território da Palestina, que priva os agricultores de terra irrigadas e atravessa povoações, incluindo a própria universidade de Abou Dis, perto de Jerusalém, em cujo campo os estudantes, que pediram para os visitarmos, montaram um acampamento e uma exposição de denúncia e luta».
Na reunião com a delegação, o primeiro-ministro Abu Ala informou que pretende propor a Israel «a cessação das hostilidades militares» e «mostrou interesse no envio de uma força internacional de interposição».
A intervenção «firme, corajosa e determinada do deputado palestiniano Marwan Barghoti no tribunal de Telavive» foi, para a deputada, «um dos momentos mais importantes» da deslocação.
Preso em Abril do ano passado, Barghouti «recusou ao tribunal israelita o direito e a competência de o julgar, denunciou as humilhações que a o seu povo está sujeito, a ocupação ilegal, as destruições, a política de colonatos, a vergonha do muro. Reafirmou o direito do povo palestiniano a resistir, afirmando que mais vale morrer que viver sob a ocupação, embora opondo-se a acções contra os civis, as mulheres e as crianças».
A vista reforçou em Ilda Figueiredo a conviccção de que «é tempo de o Conselho Europeu ir além das simples declarações. É tempo de pressionar de forma clara as autoridades israelitas visando o fim do verdadeiro terrorismo de estado praticado contra o povo palestiniano. É tempo de suspender os acordos que a UE mantém com Israel», afirmou a deputada anunciando que irá dirigir uma pergunta ao Conselho sobre esta matéria.
No encontro com o presidente Yasser Arafat, a delegação manifestou-lhe solidariedade e condenou as recentes ameaças de expulsão e mesmo de assassinato feitas pelo governo de Sharon. «Sabemos que a Assembleia Geral da ONU criticou o governo israelita quanto a este propósito mas, deploravelmente, os EUA vetaram uma resolução no mesmo sentido, aliás com a abstenção da Alemanha e da Grã-Bretanha».
No encontro, referiu ainda Ilda Figueiredo, o presidente Arafat «pediu para que sejam feitas pressões concretas sobre o governo de Sharon, visando obter o fim da construção do muro da vergonha entre Israel e a Palestina e insistiu na necessidade de enviar observadores internacionais visando o fim da ocupação da Palestina e o cumprimento das decisões da ONU».
Tendo visitado o muro, a deputada sublinha que aquela estrutura «não é uma simples fronteira. É um projecto que envolve mais de 180 quilómetros, com paredes de oito metros de altura, estradas e barreiras eléctricas, construído em pleno território da Palestina, que priva os agricultores de terra irrigadas e atravessa povoações, incluindo a própria universidade de Abou Dis, perto de Jerusalém, em cujo campo os estudantes, que pediram para os visitarmos, montaram um acampamento e uma exposição de denúncia e luta».
Na reunião com a delegação, o primeiro-ministro Abu Ala informou que pretende propor a Israel «a cessação das hostilidades militares» e «mostrou interesse no envio de uma força internacional de interposição».
A intervenção «firme, corajosa e determinada do deputado palestiniano Marwan Barghoti no tribunal de Telavive» foi, para a deputada, «um dos momentos mais importantes» da deslocação.
Preso em Abril do ano passado, Barghouti «recusou ao tribunal israelita o direito e a competência de o julgar, denunciou as humilhações que a o seu povo está sujeito, a ocupação ilegal, as destruições, a política de colonatos, a vergonha do muro. Reafirmou o direito do povo palestiniano a resistir, afirmando que mais vale morrer que viver sob a ocupação, embora opondo-se a acções contra os civis, as mulheres e as crianças».
A vista reforçou em Ilda Figueiredo a conviccção de que «é tempo de o Conselho Europeu ir além das simples declarações. É tempo de pressionar de forma clara as autoridades israelitas visando o fim do verdadeiro terrorismo de estado praticado contra o povo palestiniano. É tempo de suspender os acordos que a UE mantém com Israel», afirmou a deputada anunciando que irá dirigir uma pergunta ao Conselho sobre esta matéria.
