Protesto imparável
Quatro federações sindicais francesas convocaram, na terça-feira, 10, uma nova jornada de greves contra o projecto de reforma das pensões que, no mesmo dia, deu entrada na Assembleia Nacional.
Governo não cede, mas a luta prossegue com novas greves
CGT, FO, Unsa e FSU apelaram à paragem do trabalho em todo o país, contestando a retirada de direitos na aposentação, pretendida pelo projecto do governo de Jean- Pierre Raffarin. Apesar das sucessivas greves que têm paralisado vários sectores, com relevo para os transportes, ensino e vários outros serviços do Estado, o primeiro-ministro francês, que foi ao parlamento, na terça-feira, apresentar o seu projecto, não manifestou vontade de fazer cedências ou reiniciar as negociações.
Depois de ter obtido a anuência de uma central sindical, a CFDT, Raffarin declarou encerradas as negociações, afirmando que agora cabe aos deputados discutir e aprovar o texto final, o que poderá acontecer já em meados de Julho, tendo em conta que o governo de direita possui a maioria na Assembleia Nacional.
Na segunda-feira, 9, num artigo publicado no jornal «Le Monde», o secretário-geral da CGT, Bernard Thibault, acusou o governo de usar um «método brutal» para fazer passar o projecto. «Vocês têm as rédeas do poder, mas os sindicatos detêm a legitimidade social da expressão dos assalariados», afirmou o sindicalista.
No centro das críticas está o aumento imediato no sector público do período de quotização necessário para obter a reforma completa (de 37,5 para 40 anos), e o posterior alargamento até aos 42 anos, em 2020, em todos os sectores de actividade, bem como a nova forma de cálculo das pensões de reforma.
A greve de terça-feira é a quarta paralisação geral desde 13 de Maio, com efeitos particularmente visíveis nos transportes terrestres e aéreos e no funcionalismo público, mas também nos correios, telecomunicações, portagens e hospitais.
As perturbações nos transportes deverão continuar por toda a semana, já que muitos pré-avisos de greve são por tempo ilimitado - forma de luta que foi adoptada por várias centrais sindicais desde o passado dia 2.
Em Paris, está ainda marcado um desfile de manifestantes da Praça da Bastilha até à Praça da Concórdia, perto da Assembleia Nacional.
O pessoal da educação, que contesta as alterações às pensões mas também o projecto de descentralização do sistema nacional de ensino para a administração local, aderiu à greve geral, cumprindo a sua 11ª paralisação desde o início do ano lectivo. Esta luta poderá inviabilizar a realização dos exames de filosofia marcados para hoje, quinta-feira, no secundário.
Segundo uma sondagem publicada pelo semanário «Marianne», 66 por cento dos franceses apoiam os manifestantes e grevistas, número que baixa para 52 por cento noutro estudo divulgado no domingo.
Depois de ter obtido a anuência de uma central sindical, a CFDT, Raffarin declarou encerradas as negociações, afirmando que agora cabe aos deputados discutir e aprovar o texto final, o que poderá acontecer já em meados de Julho, tendo em conta que o governo de direita possui a maioria na Assembleia Nacional.
Na segunda-feira, 9, num artigo publicado no jornal «Le Monde», o secretário-geral da CGT, Bernard Thibault, acusou o governo de usar um «método brutal» para fazer passar o projecto. «Vocês têm as rédeas do poder, mas os sindicatos detêm a legitimidade social da expressão dos assalariados», afirmou o sindicalista.
No centro das críticas está o aumento imediato no sector público do período de quotização necessário para obter a reforma completa (de 37,5 para 40 anos), e o posterior alargamento até aos 42 anos, em 2020, em todos os sectores de actividade, bem como a nova forma de cálculo das pensões de reforma.
A greve de terça-feira é a quarta paralisação geral desde 13 de Maio, com efeitos particularmente visíveis nos transportes terrestres e aéreos e no funcionalismo público, mas também nos correios, telecomunicações, portagens e hospitais.
As perturbações nos transportes deverão continuar por toda a semana, já que muitos pré-avisos de greve são por tempo ilimitado - forma de luta que foi adoptada por várias centrais sindicais desde o passado dia 2.
Em Paris, está ainda marcado um desfile de manifestantes da Praça da Bastilha até à Praça da Concórdia, perto da Assembleia Nacional.
O pessoal da educação, que contesta as alterações às pensões mas também o projecto de descentralização do sistema nacional de ensino para a administração local, aderiu à greve geral, cumprindo a sua 11ª paralisação desde o início do ano lectivo. Esta luta poderá inviabilizar a realização dos exames de filosofia marcados para hoje, quinta-feira, no secundário.
Segundo uma sondagem publicada pelo semanário «Marianne», 66 por cento dos franceses apoiam os manifestantes e grevistas, número que baixa para 52 por cento noutro estudo divulgado no domingo.