IP – Ingerência Permanente
Depois do massacre arruma-se a casa para a instalação definitiva, sem vizinhos a «chatear»
O “quarteto” liderado pelos EUA (EUA; ONU; União Europeia e Rússia) apresentou a semana passada o intitulado “Road Map” (Mapa de Estradas) para a paz no Médio Oriente.
O plano, apesar de secundado pelas Nações Unidas e de prever a criação de um estado palestiniano em 2005, e não obstante fazer referência às resoluções 242 e 338 dessa mesma organização, incorpora importantes cedências e um doloroso esforço de paz dos palestinianos que lutam há décadas contra a ocupação do seu país e a agressão do seu povo. Neste “road map” tudo é exigido de imediato aos palestinianos: O desmantelamento das forças de resistência à ocupação; a reconversão das forças de segurança palestinianas com intervenção directa dos EUA e das suas agências de segurança e a proibição de quaisquer actos de resistência contra o exército ocupante. Paralelamente fazem-se exigências e desenvolvem-se manobras de ingerência de carácter divisionista que além de pretenderem afastar Arafat das negociações de paz tencionam condicionar a definição do poder político palestiniano de forma a “agradar” a Israel.
A Israel apenas se pede que retire as suas tropas para as posições que ocupava na data do início da 2ª Intifada (Setembro de 2000) e que “congele” a sua política de ocupação baseada nos colunatos. Sobre os desmantelamento destes, apenas se refere a destruição daqueles que foram construídos depois de Março de 2001 mantendo-se assim todos aqueles que foram edificados antes de Setembro de 2000 e entre esta data e Março de 2001. Quem se recorda da história de ocupação da Palestina sabe o extraordinário numero de colunatos que foram construídos durante este período! Ainda assim, os palestinianos mostram-se disponíveis para, cumprindo as primeiras condições, iniciar novas conversações directas com o ocupante. Da parte de Israel vem um hipócrita “nim” condicionado à renegociação de algumas das condições que muito possivelmente incidirão sobre os itens que mais “doem” aos palestinianos: colunatos; refugiados; fronteiras e Jerusalém.
A história tem mostrado, invariavelmente, que à boa vontade e cedências dos palestinianos, Israel tem respondido com o incumprimento dos acordos firmados e com novas vagas de ocupação.
Ora a nova situação no Médio Oriente, em que soldados norte-americanos estacionados no Iraque servem como instrumento de chantagem junto do Governo Sírio para o encerramento dos escritórios de várias forças de resistência palestinianas em Damasco e para a revisão da sua política de relacionamentos regionais; em que manifestações no Iraque são reprimidas a tiro de morte, e em que os EUA se preparam para construir uma autêntica “auto-estrada” de “petro” e outros dólares para a “terra mãe” a partir do Médio Oriente com o levantamento das sanções ao Iraque e com a constituição de uma zona de livre câmbio entre o Médio Oriente e os EUA, é o caldo perfeito para que o “amigo” Israelita se possa sentir liberto para mais uma vez exigir o inexigível ao povo que massacra e cuja terra ocupa, para depois prosseguir a ocupação.
Tudo isto aconteceu e acontece por mão dos EUA, que depois da invasão do Iraque, e mais uma vez em nome do combate ao terrorismo desencadeiam multifacetadas acções de ingerência nos estados vizinhos do Iraque com vista à eliminação de resistências. A visão é clara e não surpreende: Depois do massacre arruma-se a casa para a instalação definitiva, confortável e sem vizinhos a “chatear”. Mas a resistência vai prosseguir! Podem-se condicionar governos e estados, não se pode condicionar a vontade de um ou de muitos povos!
O plano, apesar de secundado pelas Nações Unidas e de prever a criação de um estado palestiniano em 2005, e não obstante fazer referência às resoluções 242 e 338 dessa mesma organização, incorpora importantes cedências e um doloroso esforço de paz dos palestinianos que lutam há décadas contra a ocupação do seu país e a agressão do seu povo. Neste “road map” tudo é exigido de imediato aos palestinianos: O desmantelamento das forças de resistência à ocupação; a reconversão das forças de segurança palestinianas com intervenção directa dos EUA e das suas agências de segurança e a proibição de quaisquer actos de resistência contra o exército ocupante. Paralelamente fazem-se exigências e desenvolvem-se manobras de ingerência de carácter divisionista que além de pretenderem afastar Arafat das negociações de paz tencionam condicionar a definição do poder político palestiniano de forma a “agradar” a Israel.
A Israel apenas se pede que retire as suas tropas para as posições que ocupava na data do início da 2ª Intifada (Setembro de 2000) e que “congele” a sua política de ocupação baseada nos colunatos. Sobre os desmantelamento destes, apenas se refere a destruição daqueles que foram construídos depois de Março de 2001 mantendo-se assim todos aqueles que foram edificados antes de Setembro de 2000 e entre esta data e Março de 2001. Quem se recorda da história de ocupação da Palestina sabe o extraordinário numero de colunatos que foram construídos durante este período! Ainda assim, os palestinianos mostram-se disponíveis para, cumprindo as primeiras condições, iniciar novas conversações directas com o ocupante. Da parte de Israel vem um hipócrita “nim” condicionado à renegociação de algumas das condições que muito possivelmente incidirão sobre os itens que mais “doem” aos palestinianos: colunatos; refugiados; fronteiras e Jerusalém.
A história tem mostrado, invariavelmente, que à boa vontade e cedências dos palestinianos, Israel tem respondido com o incumprimento dos acordos firmados e com novas vagas de ocupação.
Ora a nova situação no Médio Oriente, em que soldados norte-americanos estacionados no Iraque servem como instrumento de chantagem junto do Governo Sírio para o encerramento dos escritórios de várias forças de resistência palestinianas em Damasco e para a revisão da sua política de relacionamentos regionais; em que manifestações no Iraque são reprimidas a tiro de morte, e em que os EUA se preparam para construir uma autêntica “auto-estrada” de “petro” e outros dólares para a “terra mãe” a partir do Médio Oriente com o levantamento das sanções ao Iraque e com a constituição de uma zona de livre câmbio entre o Médio Oriente e os EUA, é o caldo perfeito para que o “amigo” Israelita se possa sentir liberto para mais uma vez exigir o inexigível ao povo que massacra e cuja terra ocupa, para depois prosseguir a ocupação.
Tudo isto aconteceu e acontece por mão dos EUA, que depois da invasão do Iraque, e mais uma vez em nome do combate ao terrorismo desencadeiam multifacetadas acções de ingerência nos estados vizinhos do Iraque com vista à eliminação de resistências. A visão é clara e não surpreende: Depois do massacre arruma-se a casa para a instalação definitiva, confortável e sem vizinhos a “chatear”. Mas a resistência vai prosseguir! Podem-se condicionar governos e estados, não se pode condicionar a vontade de um ou de muitos povos!