Solidariedade com Cuba
Esta escalada destabilizadora foi estimulada pela mafia cubano-norte-americana
Uma imensa campanha contra Cuba está em curso e percorre o mundo. Ainda soavam os ecos da entrada das forças invasoras em Bagdad – com o seu cortejo de morte, humilhação e destruição de importante património histórico da Humanidade - e já os EUA ameaçavam de agressão a Síria e se desencadeava um enorme alarido em torno do tema dos direitos humanos em Cuba.
Não se trata de simples coincidências. A campanha desenvolve-se em vésperas de mais uma votação na Comissão dos Direitos Humanos da ONU, com os EUA a pretender - como ao longo de mais de 40 anos de ingerências, agressões, sabotagens e do criminoso e ilegal bloqueio - condenar e isolar Cuba. E tem como pretexto as duras condenações de cubanos, não por «delitos de opinião» mas porque, como os tribunais concluiram, agiam como mercenários, sob a orientação e o financiamento do chefe da Secção de Interesses dos EUA em Havana. A campanha intensificou-se com a execução de três sequestradores dum barco de passageiros, numa acção de contornos terroristas, pondo em risco as suas vidas e envolvendo a segurança de Cuba, na sequência aliás de outras como o sequestro de dois aviões.
Esta escalada destabilizadora foi estimulada pela mafia cubano-norte-americana de Miami, que entretanto lançou o slogan «Iraque agora, Cuba depois». É neste ambiente, em que se inserem ainda novas medidas de endurecimento do bloqueio, que têm lugar os julgamentos e as condenações que o governo cubano considera como «medidas de excepção» aplicadas «de maneira excepcional e obrigados pelas circunstâncias particulares que o país vive».
Perante juízos distintos e diferentes sensibilidades face aos acontecimentos, e tendo presente a posição de princípio do PCP contra a pena de morte, não podemos contudo deixar de sublinhar que Cuba, no exercício da sua soberania e de acordo com o seu ordenamento jurídico-constitucional, tem o direito e o dever de defender a segurança dos seus cidadãos e de garantir a estabilidade e a integridade do país. E também ter presente o objectivo dos EUA de domínio mundial, através de guerras de rapina e sufocando a luta libertadora dos trabalhadores e dos povos. Foi assim na Jugoslávia, no Afeganistão e agora no Iraque. Ninguém pode ter dúvidas de que Cuba, pela força do seu exemplo de patriotismo e das conquistas da sua revolução, é um alvo bem concreto da política aventureira dos EUA. Qualquer juízo em relação a Cuba não pode passar ao lado desta dura realidade.
Vivemos tempos de enorme complexidade e perigosidade, em que a luta das ideias assume particular relevo. Procurando esconder a enorme hipocrisia da Administração Bush e com isso abalar a consciência que cresce, por todo o mundo, contra a guerra e o imperialismo, a ofensiva ideológica é tremenda. Quando se chega ao cúmulo de comparar a ocupação de Bagdad ao 25 de Abril ou, na Assembleia da República, um partido da direita aproveita as comemorações da revolução portuguesa para comparar o regime iraquiano ao de Cuba, o objectivo não é só confundir mas, essencialmente, procurar travar o forte movimento anti-imperialista que as manifestações pela paz testemunharam. É nestas horas que a solidariedade entre todos os que verdadeiramente se opõem ao imperialismo, para lá de inevitáveis e naturais diferenças, não pode faltar. Cuba, hoje sujeita a preocupantes ingerências destabilizadoras e a permanentes ameaças, precisa da solidariedade de todos os que lutam por um mundo de paz e progresso social.
Não se trata de simples coincidências. A campanha desenvolve-se em vésperas de mais uma votação na Comissão dos Direitos Humanos da ONU, com os EUA a pretender - como ao longo de mais de 40 anos de ingerências, agressões, sabotagens e do criminoso e ilegal bloqueio - condenar e isolar Cuba. E tem como pretexto as duras condenações de cubanos, não por «delitos de opinião» mas porque, como os tribunais concluiram, agiam como mercenários, sob a orientação e o financiamento do chefe da Secção de Interesses dos EUA em Havana. A campanha intensificou-se com a execução de três sequestradores dum barco de passageiros, numa acção de contornos terroristas, pondo em risco as suas vidas e envolvendo a segurança de Cuba, na sequência aliás de outras como o sequestro de dois aviões.
Esta escalada destabilizadora foi estimulada pela mafia cubano-norte-americana de Miami, que entretanto lançou o slogan «Iraque agora, Cuba depois». É neste ambiente, em que se inserem ainda novas medidas de endurecimento do bloqueio, que têm lugar os julgamentos e as condenações que o governo cubano considera como «medidas de excepção» aplicadas «de maneira excepcional e obrigados pelas circunstâncias particulares que o país vive».
Perante juízos distintos e diferentes sensibilidades face aos acontecimentos, e tendo presente a posição de princípio do PCP contra a pena de morte, não podemos contudo deixar de sublinhar que Cuba, no exercício da sua soberania e de acordo com o seu ordenamento jurídico-constitucional, tem o direito e o dever de defender a segurança dos seus cidadãos e de garantir a estabilidade e a integridade do país. E também ter presente o objectivo dos EUA de domínio mundial, através de guerras de rapina e sufocando a luta libertadora dos trabalhadores e dos povos. Foi assim na Jugoslávia, no Afeganistão e agora no Iraque. Ninguém pode ter dúvidas de que Cuba, pela força do seu exemplo de patriotismo e das conquistas da sua revolução, é um alvo bem concreto da política aventureira dos EUA. Qualquer juízo em relação a Cuba não pode passar ao lado desta dura realidade.
Vivemos tempos de enorme complexidade e perigosidade, em que a luta das ideias assume particular relevo. Procurando esconder a enorme hipocrisia da Administração Bush e com isso abalar a consciência que cresce, por todo o mundo, contra a guerra e o imperialismo, a ofensiva ideológica é tremenda. Quando se chega ao cúmulo de comparar a ocupação de Bagdad ao 25 de Abril ou, na Assembleia da República, um partido da direita aproveita as comemorações da revolução portuguesa para comparar o regime iraquiano ao de Cuba, o objectivo não é só confundir mas, essencialmente, procurar travar o forte movimento anti-imperialista que as manifestações pela paz testemunharam. É nestas horas que a solidariedade entre todos os que verdadeiramente se opõem ao imperialismo, para lá de inevitáveis e naturais diferenças, não pode faltar. Cuba, hoje sujeita a preocupantes ingerências destabilizadoras e a permanentes ameaças, precisa da solidariedade de todos os que lutam por um mundo de paz e progresso social.