Novo Erasmos aceita

O Parlamento Europeu acolheu favoravelmente, na terça-feira, o novo programa Erasmos proposto pela Comissão com a designação Erasmus World. No entanto, o hemiciclo decidiu rebatizá-lo para Erasmus mundus, evocando razões de diversidade cultural e de plurilinguismo.
Tal como o seu nome indica, o novo programa já não se concentra exclusivamente nos estudantes da Europa, mas visa candidatos de todo o mundo. Serão previstas 4.200 bolsas para diplomados de países terceiros (excepto dos países EFTA/EEE e dos países candidatos), bem como mil bolsas, de três meses cada, para universitários de países terceiros que possuam experiência universitária e/ou profissional de qualidade.
O programa deverá vigorar de 1 de Janeiro de 2004 a 31 de Dezembro de 2008 e prevê não só a atribuição de bolsas, mas também o apoio a parcerias entre universidades europeias e estabelecimentos de ensino superior de países terceiros. O objectivo é tornar a Europa mais atractiva em termos de estudos superiores. A Comissão Europeia propõe ainda a criação de «cursos de mestrado da UE», para o quarto ou quinto ano dos estudos universitários (conforme o país), que serão uma denominação reconhecida e de prestígio para os estudos efectuados na Europa. Por outro lado, o programa deverá apoiar a mobilidade entre a UE e os países terceiros, promover os conhecimentos linguísticos e o diálogo intercultural.
A verba proposta pela Comissão de 200 milhões euros foi considerada insuficiente pela maioria do Parlamento que pretende adicionar-lhe mais valor em 50 por cento, elevando assim a dotação prevista para os 300 milhões de euros.
O actual programa Erasmus - para o intercâmbio de estudantes do ensino superior nas universidades da UE – já envolveu um milhão de estudantes.


Mais artigos de: Europa

Em defesa das pensões

Em dois meses, os franceses realizaram duas poderosas jornadas de luta contra a reforma do sistema de pensões que o governo de direita pretende aprovar no parlamento.

Portugal dos pobres

O risco de pobreza e exclusão atinge mais de um quinto da população portuguesa. Na UE só a Grécia acompanha o nosso país neste triste indicador.

Liberdade para Leyla Zana

Leyla Zana e três outros deputados de origem curda, presos desde 1994, na base de uma condenação considerada injusta pelo Parlamento Europeu e pelo Tribunal dos Direitos do Homem, começaram a ser julgados em Ancara, Turquia, no passado dia 28 de Março, numa audiência em que estiveram presentes representantes de...

UE nega recessão e promete crescimento

Reunidos em Atenas, os responsáveis pela economia a finanças dos 12 países que integram a zona euro negam a crise que todos vêem e prometem crescimento.Para o grego, Nikos Christodoulakis, que exerce a presidência rotativa do eurogrupo, ainda em 2003, a Europa registará um crescimento de um por cento. E, em 2004, «não...

Assembleia ACP-UE

Depois de um debate aprofundado, a 50ª Assembleia Parlamentar ACP-UE, reunida em Brazzaville, entre dias 31 de Março e 3 de Abril, por larga maioria, considerou a guerra contra o Iraque «contrária ao direito internacional e desestabilizadora para o conjunto da região».A declaração lamenta profundamente que os inspectores...

Responsáveis da Elf admitem corrupção

O ex-número dois da petrolífera francesa Elf, Alfred Sirven, revelou que «uma grande parte» do dinheiro retirado em espécie das suas contas bancárias na Suíça, entre 1990 e 1996, cerca de 50 milhões de euros, era destinada ao financiamento de partidos políticos.Durante a nonagésima sessão do julgamento do processo de...

BREVES

UE quer resolução da ONUUma resolução da ONU é «condição prévia» para um «pleno empenhamento» da União Europeia na reconstrução do Iraque, declarou em Bruxelas o ministro dos Negócios Estrangeiros grego, Georges Papandreou, cujo país exerce a presidência rotativa da União.A declaração foi feita, quinta-feira da passada...