Turquia proíbe Hadep

O Tribunal Constitucional de Ancara interditou o Partido Popular Democrático (Hadep) por alegadas ligações ao Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK agora designado Kadek), proibindo 46 dirigentes dos seus dirigentes de exercer actividades políticas durante cinco anos.

A decisão judicial foi tomada quinta-feira da passada semana e envolve igualmente a outra formação pró-curda, o Dehap, cuja ilegalização foi igualmente pedida pelo procurador-geral da Turquia.

O Hadep desmentiu qualquer ligação ao PKK, afirmando que nunca apoiou a luta armada: «Nós sempre acreditámos numa resolução pacífica dos problemas», declarou um dos dirigentes daquele partido que há muito receia a ilegalização e que se absteve de participar nas eleições de Novembro último, sendo substituído pelo Dehap.

A Grécia, país que ocupa a presidência rotativa da União Europeia, reagiu de imediato considerando que a interdição prejudicará a candidatura da Turquia à UE. Segundo declarou o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros grego, Panos Béglitis, «trata-se de uma evolução particularmente negativa para a normalização da vida política e o aprofundamento das instituições democráticas», acrescentando que, enquanto candidata, a Turquia «tem a obrigação de garantir um funcionamento normal e sem entraves dos partidos políticos».



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