Taxa de abandono escolar diminui
A taxa de abandono na escolaridade obrigatória em Portugal baixou 80 por cento em 10 anos. Em 1991, era de 12,5 por cento e em 2001 passou para 2,7 por cento, segundo dados revelados por um estudo do Ministério da Educação elaborado a partir de dados dos Censos.
As maiores taxas de abandono escolar registam-se nos concelhos de Mondim de Basto, Resende, Mesão Frio, Cinfães e Marco de Canaveses. Mais de oito por cento das crianças em idade de escolaridade obrigatória (9.º ano) não concluem o 3.º ciclo, nem se encontravam a frequentar a escola em 2001.
O estudo conclui que o nível socio-económico dos estudantes não é o principal responsável pelo abandono escolar, existindo concelhos pobres com baixas taxas de desistência. Uma das causas é a entrada precoce no mercado de trabalho. O trabalho mostra ainda que um quarto da população portuguesa dos 18 aos 24 anos não concluiu a escolaridade obrigatória.
Anteontem foi publicado um outro estudo que concluiu que o sucesso e o insucesso escolar é determinado pelos factores humanos, pela qualidade pedagógica, pelo corpo docente das escolas e pela motivação, para além de factores económicos.
«Em mais de metade das variações dos resultados do desempenho, especialmente na matemática, não são explicáveis pelo contexto sócio-económico, a não ser nos extremos positivos ou seja em situações de claro sucesso. O contexto sócio-económico é importante, mas a escola pode mudar esse contexto», afirmou o coordenador do trabalho, Luís Valadares Tavares, à Lusa.