Alpiarça
Voltar aos índices
deixados pela CDU
No domingo foi apresentada a candidatura de Henrique Arraiolos à presidência
da Câmara de Alpiarça, no salão, completamente cheio, dos
Bombeiros Voluntários locais. A par desta apresentação,
foram também dados a conhecer o cabeça de lista à Assembleia
Municipal, Isabel Coelho, independente e actual vereadora da CDU na Câmara
e o primeiro candidato à freguesia de Alpiarça, Manuel Feliciano,
membro da concelhia local do PCP. Na iniciativa estiveram presentes vários
dirigentes nacionais e regionais do PCP e dos «Verdes», bem como
o camarada Manuel Brandão, presidente da Câmara Municipal de Coruche.
O
camarada Jerónimo de Sousa, da Comissão Política, referiu
na sua intervenção que a CDU parte para as eleições
com confiança na obra realizada durante mais de vinte anos e que o PS,
«balanceado para recolher os votos dos descontentes com a política
de direita, não alterou, antes prosseguiu o essencial dessa política».
Henrique Arraiolos, actualmente com as funções de membro da Assembleia Municipal, lembrou Alpiarça de 1974, «uma terra terceiro-mundista, herdada dos negros tempos da ditadura salazarista, completamente despida de tudo o que hoje são bens essenciais, sem ruas alcatroadas, sem água canalizada, sem luz eléctrica doméstica e pública, sem esgotos, com um sistema de recolha de lixo verdadeiramente anedótico, sem jardins de infância oficiais e fraquíssimo em infraestruturas para o ensino.
O candidato recordou depois todo o esforço de construção de Alpiarça por parte da CDU, das coligações que a antecederam a FEPU e a APU e das populações, trabalho que resultou decisivo para que Alpiarça, «já em 1996, se apresentasse como um concelho com um dos maiores índices nacionais de infraestruturas de saneamento básico e abastecimento de água».
Vencidas as eleições de 1997 pelo Partido Socialista, este interrompeu,
segundo o candidato, o bom trabalho da CDU, povoando o concelho de «pequenos
dormitórios». «Apesar do exagero de número de fogos
que se tem permitido construir, os compradores não aparecem, os prédios
não se vendem e as novas largas centenas de moradores não existem.»
«Avante!» Nº 1436 - 7.Junho.2001