Síria resiste à pressão

O governo sírio rejeitou a resolução da Liga Árabe (LA), aprovada no domingo, que insta o presidente Bashar al-Assad a transferir o poder para o vice-presidente dando-lhe poderes para liderar um governo provisório cujo objectivo seria organizar eleições no prazo de dois meses.

Para Damasco, o texto revela uma «conspiração» contra a Síria, uma ingerência nos assuntos internos do país e constitui uma «violação dos estatutos da Liga».

Aos ministros dos Negócios Estrangeiros que se reuniram no Cairo, as autoridades sírias disseram ainda que deviam «assumir as suas responsabilidades para evitar que grupos terroristas que assassinam civis, atacam edifícios governamentais e infra-estruturas públicas, se financiem e armem».

Qatar, Emirados Árabes Unidos e Arábia Saudita são os testas-de-ferro de uma agressão militar contra a Síria e ponderam envolver o Conselho de Segurança das Nações Unidas no assunto, tal qual aconteceu com a Líbia. China e Rússia já avisaram que votarão contra um texto de condenação no CS da ONU. A UE aplicou, segunda-feira novas sanções à Síria e os EUA ameaçam com a retirada da sua representação diplomática no país.

Após a reunião dos responsáveis diplomáticos da LA, o chefe dos observadores enviados pela organização pan-árabe (que vai voltar ao país durante pelo menos mais um mês), Mohamed Ahmed Mustafa Al-Dab, disse que, no fundamental, a Síria cumpriu o estipulado no acordo com a Liga.

Al-Dab relatou que a violência decresceu significativamente, que muitas das notícias de violência foram fabricadas, que desde que chegou ao território os tanques e soldados foram retirados das cidades, e que os observadores testemunharam evidências de confrontos promovidos por grupos armados aos quais as autoridades foram obrigadas a responder.



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