Agressão imperialista

Líbia quer a paz<br>mas a NATO faz guerra

O presidente da Líbia, Muammar Kahdafi, aceita não integrar eventuais negociações para pôr fim ao conflito armado no país, mas a Aliança Atlântica continua os bombardeamentos mostrando que só conhece o caminho da guerra.

«Kahdafi aceita que o diálogo ocorra sem a sua presença»

Image 7933

Após uma reunião da comissão de mediadores da União Africana (UA) realizada em Pretória, na África do Sul, os chefes de Estado sul-africano, do Congo, da Mauritânia, do Mali e do Uganda anunciaram que o dirigente líbio não coloca entraves a que o diálogo ocorra sem a sua presença.

Neste contexto, a UA apelou «às partes em conflito para que iniciem um diálogo nacional com vista a um cessar-fogo global, uma reconciliação nacional e ao estabelecimento de disposições para a transição».

Na capital sul-africana, sobressaíram ainda as críticas duras do presidente do país, Jacob Zuma, à NATO. Para Zuma, é urgente pôr cobro aos bombardeamentos da Aliança Atlântica, até porque, insistiu, «a finalidade da resolução 1973 não era autorizar uma campanha para uma mudança de regime ou um assassínio político».

Reagindo à reunião da comissão de mediadores da UA, as autoridades de Tripoli reiteraram ainda que aceitam a realização de eleições livres no prazo de um ano, mas os rebeldes rejeitam tal proposta e insistem no abandono de Kahdafi, isto é, na abdicação da estrutura de poder vigente.

Apesar do impasse militar no terreno, os amotinados sentem a força do mandato de captura emitido pelo Tribunal Penal Internacional contra Kahdafi e dois outros dirigentes líbios por alegados crimes contra a humanidade, e, sobretudo, sabem estar respaldados pelos bombardeamentos da NATO, os quais, nos últimos dias, obrigaram a um recuo das forças armadas no sudoeste do País.

O ligeiro avanço das milícias de Bengasi tem custado a morte de centenas de civis líbios. Ainda na passada semana, pelo menos 15 pessoas morreram num bombardeamento da Aliança Atlântica em Brega, acontecimento que a NATO rejeita ser da sua responsabilidade, ao mesmo tempo que recusa suspender os bombardeamentos, mesmo quando um dos países integrantes da agressão imperialista, a Itália, apela à suspensão dos ataques para evitar o avolumar do drama humanitário.



Mais artigos de: Internacional

Estudantes e professores paralisam hoje

Estudantes e professores chilenos consideram que as propostas do governo são meros paliativos para um sector que necessita de reformas estruturais. Para hoje estava convocada uma nova greve geral.

COSATU defende nacionalizações

O Congresso de Sindicatos da África do Sul (COSATU) deve aprovar hoje uma resolução onde se defende a nacionalização das minas e dos principais recursos naturais do país. No texto apresentado à sessão plenária do Comité Central daquela estrutura...

Fome, violência e corrupção

O Programa Alimentar Mundial das Nações Unidas vai cortar a ajuda alimentar a cerca de três milhões de afegãos em metade das 34 províncias do país. A falta de 140 milhões de euros justifica a medida, informaram responsáveis do PAM citados pela AP. A...

Palestinianos avançam<br>com pedido de reconhecimento

A Autoridade Nacional Palestiniana (ANP) confirmou que, em Setembro, vai avançar com o pedido de reconhecimento da Palestina como membro de pleno direito da Assembleia Geral das Nações Unidas. A ser aprovado, tal significa o reconhecimento do território como Estado soberano. No final de...

Britânicos paralisam hoje

Os sindicatos da função pública britânica decidiram manter para hoje, quinta-feira,  uma greve no sector público, após o fracasso das negociações com o governo. O secretário do Trades Union Congress (TUC), plataforma que reúne 58 dos principais...

Resistência integra Frente Ampla

A Frente Nacional de Resistência Popular (FNRP) das Honduras aceitou, domingo, integrar o novo partido político proposto pelo ex-presidente Manuel Zelaya, a Frente Ampla. Intervindo perante os mais de 1500 delegados que participaram na Assembleia Nacional Extraordinária da FNRP, o antigo chefe de...