Resistência integra Frente Ampla
A Frente Nacional de Resistência Popular (FNRP) das Honduras aceitou, domingo, integrar o novo partido político proposto pelo ex-presidente Manuel Zelaya, a Frente Ampla.
Intervindo perante os mais de 1500 delegados que participaram na Assembleia Nacional Extraordinária da FNRP, o antigo chefe de Estado, derrubado por um golpe militar a 28 de Junho de 2009, considerou ainda a resistência a «força maioritária da nação» e insistiu na necessidade da convocação de uma Assembleia Constituinte.
Na iniciativa, realizada na capital, Tegucigalpa, sob o lema «Da resistência ao poder», saiu também a exigência de libertação de todos os presos políticos, o fim da criminalização dos movimentos sociais e das perseguições contra os seus activistas, o encerramento de todas as bases estrangeiras no país, e o cumprimento do Acordo para a Reconciliação e Consolidação assinado em Cartagena das Índias, Colômbia, nomeadamente quanto ao retorno dos exilados às Honduras com total liberdade de movimentos.
Recorde-se que a semana passada, o ex-ministro do governo de Zelaya, Flores Lanza, foi acusado de corrupção por um tribunal, que ordenou ainda a sua prisão domiciliária e determinou uma fiança de 1,4 milhões de dólares.
Flores Lanza e a FNRP dizem que o caso ilustra o uso da justiça para fins de perseguição política.