Violações dos direitos humanos nas Honduras

Observadores europeus confirmam

Um grupo de delegados de 28 organizações suíças, alemãs e austríacas confirmou as denúncias de violações dos direitos humanos feitas pela Frente Nacional de Resistência Popular das Honduras e organizações afectas.

«A UE mantém um programa de apoio ao aparelho repressivo do regime»

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Na conferência de imprensa realizada, a meio da semana passada, na sede do Comité de Familiares de Presos e Desaparecidos das Honduras, os observadores informaram a comunicação social sobre os resultados das visitas iniciadas a 6 de Dezembro ao Bajo Aguan, Santa Barbará, La Esperanza e Zacate Grande, e concluíram que, enquanto nas Honduras o governo ilegítimo que tomou de assalto o poder do Estado agride a população e viola sistemáticamente os direitos humanos, a UE mantém um programa de apoio ao aparelho repressivo do regime no valor de 44 milhões de euros.

Os fundos do projecto cinicamente intitulado «Paz» são canalizados para a Defesa, Administração Interna e para o Supremo Tribunal de Justiça, acusaram, mas a representante do bloco imperialista europeu naquele país alega falta de conhecimento e não presta esclarecimentos sobre a situação.

 

De viva voz

 

Os membros das estruturas políticas, sociais e humanitárias do velho Continente relataram que, em Aguan, os camponeses sem-terra foram desalojados e reprimidos pelo exército, pela polícia e por mercenários ao serviço do agrário Miguel Facussé.

Situação semelhante ocorreu em Zacate Grande, onde testemunhos ouvidos pelos observadores confirmam que as forças da autoridade expulsaram os trabalhadores rurais para defender os interesses do banco HSBC.

Já em La Esperanza, as queixas vão para as dezenas de concessões de exploração das linhas de água decididas pelo parlamento hondurenho sem consultar as comunidades locais, tal como manda a lei.

As populações temem ainda o avanço de outros 300 projectos de privatização, bem como as consequências da chamada «lei de modernização agrária», cujo objectivo, dizem, é concentrar ainda mais a posse da terra impedindo a democratização do acesso a esta através da prometida Reforma Agrária.



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