Também a União de Resistentes AntiFascistas Portugueses realizou um conjunto de iniciativas, no passado dia 27 de Abril, assinalando o 51º aniversário da libertação dos presos políticos. Foram centenas de resistentes que saíram à rua para lembrar todos aqueles que pagaram muito caro pela liberdade conquistada a 25 de Abril de 1974.

Viseu
Na vila de Alvite, concelho de Moimenta da Beira, decorreu uma homenagem a Diamantino Gertrudes da Silva, capitão de Abril e comandante do Grupo Insurrecional da Região Militar do Centro. A iniciativa consistiu na colocação de uma coroa de flores no busto do «capitão Diamantino». Esta homenagem ao comandante que liderou o agrupamento militar que teve como missão a salvaguarda da vida dos presos políticos no forte de Peniche, assim como a sua libertação, é, nas palavras de Fernando Augusto Machado, celebrar um «protagonista activo e relevante nesse corajoso momento de ruptura».

Caxias
Em Caxias, realizou-se uma sessão onde se assinalou o mural com os nomes dos mais de 10000 presos políticos que passaram por Caxias, destacando a relação entre o 25 de Abril e a liberdade dos presos políticos como uma das suas importantes conquistas mais imediatas. Assinalou-se ainda a importância da luta pela paz, habitação, saúde e educação, como herança do combate ao fascismo.

Peniche
No Forte de Peniche, exactamente um ano após a abertura do Museu Nacional Resistência e Liberdade, no Pátio das Cisternas – destinado, durante o fascismo, a ser o pátio dos presos – lembrou-se os mais de 2000 presos políticos que passaram por Peniche, com intervenções de Edgar Costa, membro da direcção da URAP, José Soares, ex preso político e Aida Rechena, directora do museu que, só num ano, já teve mais de 140 mil visitas. Existiu ainda espaço, no final, para um momento cultural com diversos poemas e cantigas.