Crimes israelitas intensificam-se na Faixa de Gaza e Cisjordânia
Na Faixa de Gaza e na Cisjordânia, o exército israelita prossegue os bombardeamentos constantes, os ataques a hospitais e escolas, a destruição de habitações e as prisões. É particularmente grave a situação na Faixa de Gaza, alvo de um desumano e criminoso bloqueio, que impede a entrada de ajuda humanitária à população palestiniana.
Na Faixa de Gaza, desde Outubro de 2023, Israel matou 51 mil palestinianos e feriu 116 mil
Lusa
Responsáveis palestinianos condenaram o ataque contra o Hospital Baptista Al-Ahli, no centro de Gaza, no quadro de mais uma operação militar israelita contra a população palestiniana. As autoridades da Faixa de Gaza repudiaram o bombardeamento dessa instalação médica, que obrigou dezenas de doentes e feridos a fugir para as ruas que rodeiam o hospital.
O crime soma-se à larga lista de violações cometidas pelo Governo sionista de Israel contra o povo palestiniano. O hospital presta assistência médica a mais de um milhão de pessoas na Faixa de Gaza e o ataque ocorreu quando se verifica um colapso quase total do sistema de saúde, devido ao genocídio, ao bloqueio e aos incessantes bombardeamentos.
No dia 13, mais palestinianos morreram ou ficaram feridos em resultado dos contínuos bombardeamentos israelitas contra várias zonas da Faixa de Gaza. Dados palestinianos indicam que, desde Outubro de 2023, a campanha genocida lançada pelo exército israelita provocou quase 51 mil mortos e 116 mil feridos.
Agências das Nações Unidas, entretanto, alertaram que a Faixa de Gaza está sob ameaça de fome extrema, como resultado do bloqueio total imposto por Israel há mais de seis semanas. Os produtos essenciais estão a esgotar-se, pelo que é necessário o levantamento imediato do bloqueio imposto desde 2 de Março pelo exército israelita, para que possa entrar ajuda humanitária – alimentos, água potável, medicamentos, combustível.
Também na Cisjordânia os militares israelitas continuam as suas operações, em especial na cidade de Tulkarem e nos seus campos de refugiados. Desde há mais de 60 dias que essa cidade, juntamente com a vizinha Jenin, são o epicentro da ofensiva sionista contra a Margem Ocidental. Dezenas de milhares de palestinianos fugiram desde meados de Janeiro de ambas as cidades em consequência dos ataques.
Cisjordânia: 16.400 presos
Israel prendeu cerca de 16.400 palestinianos na Cisjordânia desde o início da actual campanha de violência nos territórios ocupados.
A Associação de Prisioneiros e a Comissão de Assuntos de Prisioneiros e Ex-prisioneiros assinalaram que, desse total, 510 são mulheres e 1300 menores de idade. Os números não incluem os milhares de cidadãos detidos na Faixa de Gaza.
Apenas em Março foram presas na Margem Ocidental cerca de 800 pessoas, das quais 84 menores e 18 mulheres.
As duas organizações denunciaram que, a par das campanhas de detenção, há uma escalada de crimes e violações, que incluem abusos, agressões físicas, ameaças contra os presos e suas famílias, além de actos generalizados de vandalismo e destruição de habitações. Além disso, condenaram o incremento das torturas e vexames a que são submetidos os palestinianos nesses centros penitenciários israelitas.