A caminho da Vitória

A heróica resistência antifascista

Abril de 1933 marca a abertura do primeiro campo de concentração e extermínio alemão, numa antiga fábrica próxima da cidade de Dachau. Foram mais de 500 mil os que aí viriam a ser assassinados.

O nazi-fascismo e sua ofensiva foram muito além das horríveis atrocidades cometidas nos campos alemães de concentração e extermínio, exemplo são os milhões de mortos na Guerra e a destruição absoluta de cidades inteiras eos danos em culturas em milhões de hectares deterra cultivável. Marcas do fascismo que se afirmou como a mais brutal resposta do capitalismo à sua maior crise e ao ascenço do movimento operário e revolucionário sob o impacto da Revolução de Outubro.

A barbárie do fascismo nunca perdeu de vista os comunistas enquanto seus principais inimigos. Prova disto foi a assinatura, em 1936, do Pacto Anti-Komintern, inicialmente assinado entre Alemanha e Japão, e em 1937 pela Itália, mas alargado a vários outros países. Nos diferentes países fascistas, não foi apenas o combate à URSS a prioridade mas também a perseguição aos comunistas dentro de portas.

Em Itália, onde logo em 1923 foram presas centenas de militantes e dirigentes, os comunistas não deixaram que a repressão os impedisse de liderar a resistência, dando um contributo decisivo para a vitória. O apelo do PCI à insurreição geral, conjugado com a acção então desencadeada dos partigiani, levou à libertação de Itália pelas mãos do povo italiano, que não esperou pelas tropas anglo-americanas.

O povo português, confrontado com a exploração e a violência imposta por uma ditadura fascista que só viria a ser derrotada décadas após o fim da 2ª Guerra Mundial, resistiu ao alinhamento do fascismo português com a Alemanha nazi, tendo no PCP o principal dinamizador e organizador desta resistência. Seja nas muitas lutas e greves organizadas, seja na dinamização de amplos movimentos unitários, comodo MUNAF criado em Janeiro de 1941, onde se reuniram vários sectores sociais com o objectivo de destruir o fascismo.

Por todo o mundo são muitos os exemplos onde a acção organizada da classe operária e dos comunistas, encabeçando a resistência antifascista, contrastando com a conivência dos governos burgueses capitulacionistas da época, foi o aspecto crucial para o desgaste do aparelho de guerra e ocupação fascista. Assim foi no apelo do PCF à distribuição de armas ao povo, na criação de Frentes Nacionais de Libertação na Albânia ouna Grécia, na grande greve geral do Luxemburgo ou na resistência popular na Jugoslávia, Bulgária ou Vietname, entre muitos outros exemplos. Movimentos de resistência popular caracterizados pela ampla participação das massas e com a envolvência e sob a direcção dos comunistas, que a par do papel determinante da URSS, assim como dos aliados, enfrentaram de frente a sombria noite fascista e conquistaram um novo nascer do sol para toda a Humanidade.

É impossível ignorar (por mais que muitos o tentem fazer) o papel absolutamente decisivo da União Soviética e doseu Exército Vermelho ao longo de todo este processo. Seja na articulação e apoio constante à resistência antifascista, seja em todo o seu percurso libertador até à tomada de Berlim.

Num tempo em que as ventoinhas do Capital sopram cada vez mais os ventos da ameaça fascista, não podemos deixar de combater a vulgar reescrita e falsificação da História que procura branquear o fascismo, o seu carácter de classe – a ditadura terrorista dos monopólios (associados ao imperialismo) e dos latifundiários – e os seus crimes e retirar da equação aquele que é o elemento fundamental: a luta dos povos pelo fim da exploração do Homem pelo Homem e a construção de uma nova sociedade!

 



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