Palestina resiste e apela ao mundo que trave agressão israelita

Israel intensificou a agressão genocida na Faixa de Gaza, violando e recusando a cumprir o acordo que estabeleceu com a resistência palestiniana. Desde Outubro de 2023, há registo de mais de 163 mil mortos e feridos palestinianos causados pelos ataques sionistas.

Tropas israelitas cometem «contínuos e horríveis massacres» contra palestinianos indefesos


As autoridades palestinianas apelaram uma vez mais à pressão internacional sobre Israel para pôr fim ao recomeço dos ataques militares contra a população palestiniana na Faixa de Gaza, que causaram em poucos dias centenas de mortos e feridos.

«Instamos o mundo a obrigar o governo de Benjamin Netanyahu a parar a sua agressão contra o nosso povo em geral e na Faixa de Gaza em particular, «incluindo os contínuos e horríveis massacres» contra palestinianos indefesos, apela o Ministério dos Assuntos Exteriores e Expatriados palestiniano, em Ramala. Também denuncia os planos de deslocamento forçado da população, tanto na Faixa de Gaza como na ocupada Cisjordânia. Critica, além disso, a tíbia reacção por parte de alguns países perante a nova campanha bélica israelita iniciada no dia 18 de Março, pondo fim ao acordo que então vigorava, que entre outros importantes aspectos contempla um cessar-fogo.

A Palestina acusa Israel de executar de forma sistemática terrorismo de Estado nos territórios ocupados. «O genocídio cometido contra o nosso povo estende-se a simpatizantes e trabalhadores de organizações globais e das Nações Unidas, o que constitui uma flagrante e grave violação do direito internacional», reiteram os palestinianos. E insistem que as soluções políticas são a única maneira de conseguir a calma e restabelecer o processo de paz para pôr fim à barbárie levada a cabo por Israel.

163 mil mortos e feridos
O recomeço dos bombardeamentos israelitas em toda a Faixa de Gaza e a reentrada do exército israelita, por terra, em diversas regiões do norte e do sul deste território palestiniano – da cidade setentrional de Beit Lahia a Rafah, na zona fronteiriça com o Egipto – são agravados pela já grave situação humanitária no território, causada pelo bloqueio imposto por Israel que impede a entrada de alimentos, água, medicamentos, combustível no território.

Desde Outubro de 2023, as tropas sionistas mataram na Faixa de Gaza mais de 50 mil palestinianos e feriram mais de 113 mil.

A resistência palestiniana exige que Israel ponha fim à agressão, regresse às negociações e implemente o acordo de cessar-fogo antes assinado.

 

Solidariedade em Portugal

Apesar do mau tempo que se fazia sentir, duas centenas de pessoas concentraram-se em Lisboa, no dia 19, exigindo o fim do massacre do povo palestiniano perpetrado por Israel na Faixa de Gaza. No palco instalado no centro da Praça do Rossio intervieram Julie Neves, Dinis Lourenço, José Oliveira e Inês Reis, representantes das quatro organizações promotoras da acção: CPPC, CGTP-IN, MPPM e Projecto Ruído – Associação Juvenil.

Na iniciativa foram denunciados e condenados os brutais ataques israelitas nos dois dias anteriores, que provocaram centenas de mortos e milhares de feridos, a denúncia da cumplicidade dos governos (incluindo o português) com o genocídio levado a cabo por Israel e a exigência de um cessar-fogo permanente, do acesso da ajuda humanitária, do fim da ocupação e da criação do Estado da Palestina.

O PCP esteve presente na concentração com uma delegação composta por Paula Santos e João Ferreira, da Comissão Política, e António Filipe, do Comité Central.

Na ocasião foi lido o apelo à participação nas acções do próximo dia 30: em Lisboa, às 15h00, realiza-se uma manifestação com início no Martim Moniz. No Porto, às 16h00, tem lugar um acto público de solidariedade no Jardim Infante D. Henrique, em frente ao Mercado Ferreira Borges; em Coimbra será afixada às 15h00, em local ainda a definir, a faixa que foi pintada ontem.

Também no Parlamento Europeu, o deputado do PCP, João Oliveira, dinamizou, dia 19, uma acção de solidariedade com a Palestina, que contou com a participação de deputados de diferentes grupos políticos. A acção foi realizada na sequência de mais um massacre cometido por Israel na madrugada de 18 de Março, que se seguiu ao bloqueio da ajuda humanitária na Faixa de Gaza. Estes crimes confirmam a intenção de Israel prosseguir a sua política de ocupação contra o povo palestiniano, com a cumplicidade da União Europeia.

 



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