Trabalhadores da Bélgica em defesa dos seus direitos

Organizações sindicais, com o apoio de forças políticas e sociais, convocaram uma greve geral na Bélgica para 31 de Março, sob a consigna «Mais fortes juntos», em defesa dos direitos dos trabalhadores e contra as políticas neoliberais do novo governo de direita.

Grande mobilização contra políticas neoliberais do novo governo belga

No próximo dia 31, os trabalhadores belgas estarão em greve geral, tanto no sector público como no sector privado, porque «é tempo de o mundo do trabalho ser ouvido». A greve é «por pensões dignas, uma carreira profissional sustentável, um poder de compra reforçado, serviços públicos de qualidade. Em suma, por uma sociedade mais justa», destaca a convocatória para esta acção de luta.

Os sindicatos belgas denunciam os ataques contra as pensões («é preciso trabalhar mais tempo para receber uma reforma menor»); a extrema flexibilidade laboral; os cortes nas despesas sociais do Estado, atingindo os pensionistas, os desempregados e os serviços públicos; o agravamento das desigualdades salariais entre homens e mulheres; a perda de poder de compra dos trabalhadores.

O Partido do Trabalho da Bélgica (PTB/PVDA) denunciou o novo governo federal – uma coligação de cinco partidos de direita formada a 3 de Fevereiro, após 236 dias de negociações – por estar a atacar frontalmente as conquistas e os direitos sociais dos trabalhadores, assim como os direitos democráticos, em particular os sindicais e associativos, além de pretender instaurar uma «militarização desenfreada» do país. «Trata-se de um projecto de sociedade especialmente perigoso, ao serviço dos muito ricos», denuncia o PTB, realçando que tudo isto não é inevitável: «Podemos opor-nos. Juntos, fazendo com que se escutem as nossas vozes. Face à tormenta de direita do Governo, organizemos uma vaga de solidariedade e de resistência».

Em meados de Fevereiro, as forças progressistas belgas – sindicatos, partidos, associações, sector cultural, movimento pela paz, jovens – promoveram uma grande manifestação, mobilizando cerca de 100 mil pessoas, para protestar contra os ataques governamentais aos direitos laborais e sociais.

 



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