Castelo Branco acolhe participado almoço-comício do PCP

O Secretário-Geral do PCP participou, no domingo, num almoço-comício em Castelo Branco, integrado na acção nacional Aumentar salários e pensões, para uma vida melhor, que contou com mais de uma centena de militantes e amigos.

PCP é «porto seguro de constante intervenção e acção»


«Todos os que são alvo da política de direita, todos os que estão sujeitos à injustiça e às desigualdades, saibam que têm no PCP o seu partido, o seu porto seguro de constante intervenção e acção, a força que não vacila em nenhum momento e com a qual podem contar, sejam quais forem as circunstâncias», sublinhou Paulo Raimundo na sua intervenção.

O dirigente comunista recordou as muitas áreas em que o Partido intervém para dar solução à degradação das condições de vida. E lembrou alguns dados alarmantes em relação à actual situação do País, como as 380 mil crianças a viver na pobreza, o número de contratos precários (que afectam mais de metade dos trabalhadores), a imensa maioria dos idosos que recebe até 600 euros de reforma, ou os milhares de utentes sem médico de família.

Sobre esta última matéria, o Secretário-Geral referiu que «temos um Governo tão lesto em nomear e contratar os seus agentes para cumprir o assalto aos recursos públicos e o desmantelamento do SNS, mas que se recusa a contratar e fixar o que é urgente e prioritário – médicos, enfermeiros e técnicos» no serviço público de saúde.

Se tudo aumenta, aumenta a luta

«O custo de vida aumenta, como sabem os que aqui estão. Sobe tudo, mas os salários e as pensões continuam baixos e, por vontade do Governo e do grande capital, assim continuarão», vincou Paulo Raimundo.

O Secretário-Geral recordou que enquanto «uns poucos lucram cada vez mais, a larga maioria fica com a vida mais difícil». Assim é na habitação (cujo preço subiu mais de 100 por cento desde 2017), na alimentação (com subidas de 27 por cento em três anos), ou nos combustíveis e no gás de botija (que custam mais do dobro do que em Espanha).

Uma situação contrastante com os 32 milhões de euros que os principais grupos económicos lucram diariamente. «E no meio de todos os milhões», questionou, «onde ficam os salários, as pensões, as creches, os lares, a habitação, os direitos, a segurança e a tranquilidade, a estabilidade, e a justa distribuição da riqueza?».

Perante estas dificuldades, reforçou, há só uma resposta possível, a luta dos trabalhadores e do povo, que contará sempre com o PCP. Exemplo disso é a acção nacional,que continua a decorrer em todo o País.

«Não desistimos da vida melhor e de um Portugal com futuro», destacou.

Valorizar a região

Por seu lado, Luís Silva, do Comité Central (CC) e responsável pela organização do PCP na região, destacou os problemas sentidos no distrito (extensíveis a todo o Interior), como os baixos salários e pensões ou o ataque aos serviços públicos.

O dirigente comunista lembrou, particularmente, as políticas do Governo que visam desmantelar o SNS, a que se soma a opção de favorecimento dos seguros de saúde privados, decidida por câmaras de gestão PS no distrito.

No entanto, lembrou, entre os muitos problemas, as populações têm alcançado valiosas vitórias, como o fim das portagens nas ex-SCUT na região ou a aprovação da requalificação do IC8 (ainda por executar), que contaram com a intervenção decisiva do Partido.

Além dos intervenientes, estiveram na mesa Ana Leitão, da Comissão Concelhia (que apresentou), Kaya Williams, da JCP, e Alexandre Araújo, Vladimiro Vale e Octávio Augusto, dos organismos executivos do CC.





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