Bielorrússia denuncia ingerência estrangeira

As autoridades bielorrussas denunciaram o incremento de acções subversivas de serviços de inteligência estrangeiros com vista a desestabilizar o país, a poucos dias da realização de eleições presidenciais, marcadas para 26 de Janeiro.

Em vésperas de eleições presidenciais na Bielorrússia, EUA e aliados procuram ingerir-se e desestabilizar o país


O responsável do Conselho de Segurança da Bielorrússia divulgou que há informações sobre operações de entidades estrangeiras para levar a cabo provocações no plano interno.

«Os serviços especiais estrangeiros intensificaram as actividades de inteligência e sabotagem. Empenham-se em sondar o território em busca de pontos nevrálgicos para realizar provocações que desestabilizem a situação. À primeira vista, não é nada de novo» – assegurou o responsável, adiantando que os EUA e os seus aliados continuam com a sua estratégia de pressão política e económica sobre a Bielorrússia.

O chefe do organismo de segurança da Bielorrússia garantiu que para lograr tais propósitos «os principais métodos são desinformar, desprestigiar o governo aos olhos da população e da comunidade internacional, provocar a divisão no interior do aparelho estatal e dos corpos de segurança, danificar a economia e exercer uma pressão política, híbrida e de outras índoles com pretextos fictícios».

Apontou que no Ocidente se encara a opção de utilizar grupos paramilitares da oposição bielorrussa no exílio «numa operação armada para ocupar um ou vários distritos fronteiriços do país» e introduzir ali um contingente militar, acrescentando que potenciais membros do chamado «Exército de Libertação da Bielorrússia» e de grupos de sabotagem recebem treino na Polónia e na Ucrânia para tais fins.

Observadores presentes nas eleições bielorrussas
A Bielorrússia está em campanha eleitoral tendo em vista as eleições presidenciais de 26 de Janeiro. Há cinco candidatos: o actual chefe do Estado, Alexandr Lukashenko; o primeiro secretário do Partido Comunista da Bielorrússia, Serguéi Sirankov; o líder do Partido Liberal Democrático, Oleg Gaidukévish; o líder do Partido Republicano do Trabalho e da Justiça, Alexandr Jizhniak; e a ex-candidata nas presidenciais de 2020, Anna Kanopátskaya.

A Comissão Eleitoral Central anunciou que foram convidados observadores internacionais, estando já credenciados mais de 400, provenientes de cerca de 40 países da África, América Latina, Ásia, Europa e Comunidade dos Estados Independentes. Estarão também presentes quase 38 mil observadores nacionais, representando a sociedade bielorussa, partidos políticos e colectivos laborais.

Embora 26 de Janeiro seja o principal dia eleitoral, os cidadãos bielorrussos poderão votar antecipadamente, entre os dias 21 e 25.

 



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