Nicolás Maduro toma posse para novo mandato presidencial

A investidura de Nicolás Maduro perante a Assembleia Nacional da Venezuela, como presidente constitucional da República Bolivariana da Venezuela para o mandato 2025-2031, foi celebrada por muitos milhares de pessoas nas ruas das cidades deste país.

A tomada de posse desmentiu o alegado «isolamento» da Venezuela

Na cerimónia de tomada de posse, no dia 10, no Palácio Miraflores, em Caracas, o chefe de Estado reeleito, Nicolás Maduro, evocou o herói nacional Simón Bolívar e afirmou que, 200 anos depois, chegou o comandante Hugo Chávez, que reafirmou aos patriotas da Venezuela «o valor da lealdade absoluta, da valentia, do patriotismo». Destacou que Chávez está sempre presente na vida dos revolucionários bolivarianos e jurou lealdade ao seu legado, lutas e sonhos, comprometendo-se com o aprofundamento da revolução por ele iniciada.

Na sua intervenção, assegurou que nunca trairá o povo venezuelano na luta pela paz e a soberania nacional. Perante representantes dos poderes públicos, deputados, autoridades militares e convidados internacionais, ratificou o carácter libertador da Revolução bolivariana. Considerou que a sua tomada de posse é «uma grande vitória venezuelana pela paz», realçando que os inimigos da Venezuela não puderam nem poderão impedi-la, numa referência aos planos conspirativos da extrema-direita, apoiada pelo imperialismo norte-americano e seus governos satélites. E convocou todos os sectores para que se mobilizem num grande diálogo inclusivo que culminará numa reforma constitucional, tendo em vista avançar com transformações económicas e sociais no país.

Com o juramento perante o parlamento, Nicolás Maduro afirmou estar a cumprir todas as obrigações emanadas da Constituição e das leis da República e garantiu que o novo mandato presidencial de seis anos será de paz, prosperidade, igualdade e de uma nova democracia.

À cerimónia de investidura presidencial assistiram mais de meia centena de delegações estrangeiras, das quais 13 encabeçadas por chefes de Estado e de governo, além de enviados especiais da China e da Rússia. Presentes também em Caracas representantes de organizações internacionais e cerca de dois mil representantes de forças políticas e organizações sociais de mais de uma centena de países, entre os quais Portugal, que não só acompanharam o momento da tomada de posse como participaram no Festival Mundial Antifascista, que decorreu na capital venezuelana. O PCP fez-se representar por Vladimiro Vale, membro do Secretariado e da Comissão Política do Comité Central.

A representação diversa de países, partidos políticos e organizações sociais em Caracas desmente a propaganda imperialista do suposto «isolamento» da Venezuela bolivariana e evidencia a solidariedade internacional com o povo venezuelano e a sua luta em defesa da soberania e independência nacional, pelo direito ao desenvolvimento e ao progresso social, perante a acção do imperialismo e da extrema-direita golpista.

FANB e organizações sociais juram lealdade ao Presidente da Venezuela
Depois do juramento na Assembleia Nacional da Venezuela, Nicolás Maduro participou num acto solene no Pátio de Honra da Academia Militar, em que a Força Armada Nacional Bolivariana (FANB), os corpos policiais e as forças populares organizadas no Bloco Histórico Patriótico juraram lealdade ao presidente da República Bolivariana da Venezuela.

O vice-presidente Sectorial de Defesa e Soberania e ministro da Defesa, General em Chefe Vladímir Padrino López, ratificou o compromisso de fidelidade aos ideais do Libertador Simón Bolívar, retomados pelo comandante supremo da Revolução bolivariana, Hugo Chávez. Reiterou o carácter popular, anticolonialista, antioligárquico e anti-imperialista da FANB e garantiu defender o país, «em perfeita fusão popular-militar-policial contra qualquer ameaça interna ou externa».

Em nome das organizações sociais e populares, a deputada María León afirmou que, com Nicolás Maduro, a força do movimento popular fez-se poder na «construção e defesa diária em cada esquina e comunidade e bandeira de luta dos movimentos sociais, organizações e indivíduos que formam parte do novo Bloco Histórico Patriótico, chavista e socialista».

 

PCP condena ataque ao Consulado da Venezuela

O PCP condenou «veementemente» o ataque ao Consulado Geral da República Bolivariana da Venezuela em Lisboa e instou a que as autoridades competentes portuguesas apurem e responsabilizem os seus autores. «Trata-se de um inaceitável acto que não pode deixar de ser visto à luz da prática de violência terrorista de que a Venezuelana bolivariana tem vindo a ser vítima ao longo dos anos», consideram os comunistas.

Em nota no dia 12, o PCP «apela à solidariedade para com a Venezuela bolivariana e a luta do povo venezuelano em defesa da paz, da sua soberania, do direito a decidir livre de ingerências e agressões externas o seu caminho de desenvolvimento e progresso social».

 



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