Cuba comemorou 66 anos do triunfo da sua Revolução
Cuba celebrou no dia 1 de Janeiro o 66.º aniversário da sua Revolução e reiterou que continua a luta pela defesa do seu direito à soberania, à autodeterminação e ao desenvolvimento, face à crescente hostilidade dos EUA.
Presidente Miguel Díaz-Canel agradeceu ao povo cubano o heroísmo frente à «barbárie da guerra económica» que lhe é feita pelos EUA
Dirigentes cubanos saudaram no primeiro dia de 2025 os 66 anos da vitória da Revolução, que em cada 1 de Janeiro comemora a entrada triunfal de Fidel Castro e do Exército Rebelde em Santiago de Cuba, no oriente da ilha, em 1959.
Através de diversos meios de informação, o chefe do Estado, Miguel Díaz-Canel, divulgou uma mensagem de felicitações ao povo cubano na véspera, a poucos minutos da chegada da data que representa a emancipação da nação caribenha face ao imperialismo norte-americano que sustinha no poder o ditador Fulgêncio Baptista (1952-1958).
«Queridos compatriotas: infinitos agradecimentos pelo heroísmo frente à barbárie da guerra económica que nos é feita», escreveu Miguel Díaz-Canel, também primeiro-secretário do Comité Central do Partido Comunista de Cuba (PCC), instando o povo cubano a recordar o ano que terminou pelos êxitos alcançados mais do que pelos obstáculos que se ultrapassaram, e destacando que o «honra e emociona sobremaneira saber-se parte deste povo que não nasceu destinado à grandeza – ganhou-a a golpes de heroísmo e criatividade na resistência. Viva para sempre Cuba livre e soberana pela vontade do seu povo».
Díaz-Canel expressou votos de felicidades ao povo cubano pelo aniversário da Revolução e pelo Ano Novo de 2025, afirmando que seguirão em frente «com unidade, a firme orientação do nosso Partido, o legado da nossa história e a convicção de avançar até à vitória sempre. Neste 1 de Janeiro celebramos invictos, com alegria, patriotismo e orgulho, 66 anos em Revolução».
Outros dirigentes do país, como o presidente da Assembleia Nacional do Poder Popular, Esteban Lazo; o primeiro-ministro, Manuel Marrero; e o ministro dos Negócios Estrangeiros, Bruno Rodríguez, dirigiram saudações ao povo cubano, destacando a convicção de que o país, com unidade, coesão e a firme orientação do PCC, continuará a superar dificuldades e a avançar, apesar da complexa situação criada pelo cerco imposto pelos EUA e pela inclusão arbitrária de Cuba numa lista, elaborada por Washington, de Estados supostamente “patrocinadores do terrorismo”.
Amizade Cuba-China «apaga a distância»
A China enviou por via aérea um primeiro lote do donativo de peças e acessórios para os grupos electrogéneos de Cuba, como parte da implementação dos acordos entre os dois países.
O embaixador cubano em Pequim, Alberto Blanco, considerou que «no umbral do 66.º aniversário do Triunfo da Revolução, a amizade apaga a distância» e que Cuba recebe uma significativa ajuda do governo da China que contribuirá para a recuperação do sistema eléctrico cubano.
Para o embaixador chinês em Havana, Hua Chin, estas relações bilaterais são «um exemplo da solidariedade, cooperação e assistência mútua entre países socialistas em desenvolvimento».
O donativo responde aos acordos alcançados pelos presidentes Miguel Díaz-Canel e Xi Jinping, compreendendo uma cooperação multi-sectorial. Os consensos ao mais alto nível incluem aspectos como o diálogo político, a promoção conjunta das iniciativas de «A Faixa e A Rota», assim como a execução de projectos nas áreas de energia, transportes, segurança alimentar, informatização, indústria e comércio, entre outras.
Consequência do bloqueio imposto pelos EUA há mais de seis décadas, o Sistema Eléctrico Nacional de Cuba sofreu nos últimos meses importantes afectações, incluindo quebras no fornecimento de energia provocando prolongadas interrupções.
A cooperação cubana-chinesa nesta área inclui um projecto de investimento em energias renováveis que prevê a instalação de sete parques fotovoltaicos de cinco megawatts cada um em seis províncias. Prevê-se a chegada a Cuba, por via marítima, num prazo de sete meses, dos componentes para a sua montagem. O funcionamento desses parques representará para Cuba uma poupança anual de 18 mil toneladas de combustível, o equivalente a sete milhões de dólares.