Casa do Douro para servir os interesses dos pequenos e médios viticultores
A lista A às eleições para a Casa do Douro [que se vão realizar no próximo dia 21], intitulada «Devolver a Casa do Douro aos Pequenos e Médios Viticultores», apresentou, domingo, no Museu do Douro, em Peso da Régua, o seu manifesto e os primeiros candidatos. Sérgio Soares, Manuela Alves e Rui Tadeu encabeçam a lista à Direcção. Já anunciados foram também os primeiros candidatos desta lista ao Conselho Regional de Viticultores em Alijó (Sociedade Agrícola Quinta de Santa Eugénia Lda), Armamar (João de Deus Alves Eiriz Pego), Carrazeda de Ansiães (Pedro Luís Morgado Correia), Mesão Frio (Manuel da Conceição Pereira), Murça (Manuel Pereira Ribeiro), Peso da Régua (herdeiros de Arminda da Conceição), Sabrosa (Isabel Teixeira dos Santos), Santa Marta de Penaguião (Hélder Dinarte Sineiro Libório), Tabuaço (António Manuel Pinto Santos), Torre de Moncorvo (Ângelo Miguel Jorge Oliveira), Vila Flor (Rui Tadeu) e Vila Real (José António Borges Martins).
Segundo alista A, este foi um «processo que envolveu cerca de 400 candidatos e proponentes de toda a Região Demarcada do Douro», procurando «criar caminhos de convergência e unidade em torno da defesa de uma Casa do Douro que sirva os interesses dos pequenos e médios viticultores».
15 prioridades
Esta candidatura defende 15 prioridades para a Casa do Douro, que passam por garantir o rendimento dos pequenos e médios viticultores, através do pagamento justo das uvas;
pugnar, junto do Governo e da UE, pela regulação da produção e do mercado do vinho; promover e valorizar as uvas e vinhos produzidos pelos pequenos e médios viticultores, utilizando todas as taxas pagas pelos viticultores ao IVDP; defender a utilização de aguardente proveniente da região para a fortificação dos vinhos; proceder à inventariação e avaliação da situação patrimonial da Casa do Douro, com a entrega do património remanescente da liquidação das dívidas; proceder ao planeamento do sector, com contratos entre compradores e produtores de uva, salvaguardando os interesses dos pequenos e médios produtores; assumir com assertividade e impulso dinamizador as atribuições específicas plasmadas nos Estatutos da Casa do Douro e refender a retoma dos poderes históricos da Casa do Douro, designadamente os da gestão do cadastro, da indicação do quantitativo global do benefício, da regulação dos preços e da situação no mercado; trabalhar para que a embalagem e rotulamento do vinho do Porto, vinhos DOC, DOP e aguardentes sejam feitas na Região Demarcada do Douro; combater a ideia de que o arranque de vinha é solução para a crise no sector; implementar o programa VITIS atribuindo majoração aos pequenos e médios viticultores e no caso da preservação de vinhas tradicionais e suas estruturas conexas; valorizar o papel das mulheres viticultoras durienses; estabelecer parcerias com a academia (UTAD, IPB, IPV, BI), criando sinergias nos domínios da investigação e da extensão à comunidade; defender, para a região duriense, políticas publicas com vista ao seu desenvolvimento, em particular investimento público e serviços públicos de qualidade; intervir junto do Governo e das seguradoras para garantir segurança do investimento e da produção, protegendo os vitivinicultores; conferir dignidade à sede da Casa do Douro, património da lavoura Duriense.