Por Silopor com futuro
Aos representantes do CESP/CGTP-IN e dos trabalhadores da Silopor, o Ministério das Finanças disse que o aumento dos salários e a contagem integral do tempo de serviço poderiam ter resposta mais favorável, mas alegou que essas matérias não foram consideradas pela comissão liquidatária, na preparação o plano e orçamento para o próximo ano.
O aumento da massa salarial – como explicou uma dirigente do sindicato, no final de uma reunião no gabinete do ministro das Finanças, dia 25, de manhã – poderá ir até 8,4 por cento, enquanto a comissão liquidatária tem insistido num limite de cinco por cento da massa salarial. O CESP, adiantou Célia Lopes, citada pela agência Lusa, vai pedir uma reunião urgente à comissão liquidatária.
Na reunião, os representantes do Governo nada disseram sobre o futuro da Silopor. A principal empresa portuária de armazenamento de granéis sólidos alimentares, com silos na Trafaria (Almada) e no Beato (Lisboa), está em liquidação desde 2000, por imposição da UE, e o mandato da comissão liquidatária termina em 2025.
Durante a reunião, um grupo de trabalhadores da Silopor permaneceu em frente ao Ministério, em plenário. Uma delegação do PCP, da qual fez parte Bruno Dias, do Comité Central, reafirmou a solidariedade do Partido para com esta luta, sublinhando a importância do aumento dos salários e da revisão do acordo de empresa.
Na semana passada as estruturas distritais da CGTP-IN em Setúbal e em Lisboa salientaram que, como resultado das lutas travadas na Silopor, foi conseguida a integração nos quadros, como efectivos, de 21 trabalhadores. Estavam na empresa desde 2019, em postos de trabalho permanentes, mas com vínculos precários, a maioria através de empresas prestadoras de serviços e de trabalho temporário.