Acção nacional da CGTP-IN começou com luta e mobilização

A greve dos trabalhadores da STCP e um plenário distrital de dirigentes, delegados e activistas sindicais e membros de comissões de trabalhadores marcaram o início da série de acções a decorrer até 8 de Novembro.

O acordo de rendimentos serve como tecto para o aumento dos salários

Na segunda-feira, dia 7, o Secretário-Geral da CGTP-IN encontrou-se, ao início da manhã, com trabalhadores da Sociedade de Transportes Colectivos do Porto, nesse dia em greve por sete horas, repartidas em dois períodos, por aumentos salariais e progressão na carreira.

Junto da estação de recolha da Via Norte, um dirigente do STRUN explicou que se exige um aumento que acompanhe a percentagem do aumento do salário mínimo nacional, para não haver desvalorização, enquanto a administração se quer ficar pela actualização que já aplicou, de apenas 53 euros.

José Manuel Silva, citado pela agência Lusa, explicou também como ocorre a penalização na evolução na carreira profissional: «Além de estarem mais anos no mesmo escalão, também a pontuação que é exigida subiu», pois «bastava 3,25, para subir de escalão, e agora exigem 3,75».

Tiago Oliveira levou ali uma palavra de solidariedade da CGTP-IN, a esta luta «que já vem de trás». Observou, a propósito da situação ali criada, que este exemplo demonstra como «o acordo de rendimentos está a servir de tecto para o aumento salarial», em vez de contribuir para uma mais justa remuneração dos trabalhadores.

Insistiu na necessidade de «uma política de choque salarial, para valorizar os trabalhadores», e considerou a greve na STCP como «uma demonstração de força e unidade dos trabalhadores, que sabem que a empresa pode subir mais os salários».

Nesse primeiro dia da «Acção Nacional de Mobilização, Reivindicação e Luta», que decorre sob o lema «Aumentar os salários e as pensões, Defender os serviços públicos e as funções sociais do Estado, Resolver os problemas do País», o Secretário-Geral da CGTP-IN participou, na Casa Sindical do Porto, num plenário distrital de dirigentes, delegados e activistas sindicais e membros de comissões de trabalhadores.

Convocado pela União dos Sindicatos do Porto, o plenário debateu «a grave situação política que o País vive, com o ataque aos direitos dos trabalhadores, que o Governo se prepara para levar a cabo, a favor dos grandes grupos económicos e do patronato». Tiago Oliveira interveio no encerramento, ao final da tarde.

Até 8 de Novembro, a acção nacional reflecte-se na realização de plenários, concentrações, paralisações e greves, nos locais de trabalho de todos os sectores, em todo o País. A CGTP-IN pretende mobilizar os trabalhadores para discussão, assunção de reivindicações e promoção de lutas, pelo aumento geral e significativo dos salários, pela garantia dos direitos e por outras reivindicações concretas.

Para 9 de Novembro, a CGTP-IN convocou uma manifestação nacional, no Porto (às 10 horas, na Praça da República) e em Lisboa (às 15 horas, no Cais do Sodré).

 



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