Israel intensifica guerra contra Palestina e Líbano

Is­rael pros­segue a sua guerra ge­no­cida contra o povo pa­les­ti­niano na Faixa de Gaza e na Cis­jor­dânia, in­ten­si­fica os bru­tais ata­ques aé­reos contra o Lí­bano e, neste país, tenta avançar com uma in­vasão ter­restre. Ao mesmo tempo, com total im­pu­ni­dade, o go­verno de ex­trema-di­reita em Te­la­vive, apoiado pelos EUA e ali­ados, con­tinua a agredir a Síria, o Iémen e o Iraque e a ame­açar o Irão.

As forças ar­madas is­ra­e­litas re­for­çaram os meios mi­li­tares para a ope­ração de in­vasão do Lí­bano. Con­firmam-se, assim, as di­fi­cul­dades que as tropas in­va­soras têm en­con­trado nos com­bates contra a re­sis­tência li­ba­nesa.

O go­verno is­ra­e­lita, que in­clui mi­nis­tros aber­ta­mente si­o­nistas, lançou as suas tropas contra o país vi­zinho com o ob­jec­tivo de­cla­rado de der­rotar o Hez­bollah e ou­tras forças da re­sis­tência li­ba­nesa, cujos res­pon­sá­veis pro­metem uma res­posta con­tun­dente à agressão.

Se­gundo as au­to­ri­dades do Lí­bano, mais de duas mil pes­soas foram mortas e quase 10 mil foram fe­ridas no país desde o início da agressão is­ra­e­lita.

Nos úl­timos dias, forças is­ra­e­litas le­varam a cabo ex­tensos bom­bar­de­a­mentos contra di­fe­rentes re­giões do Lí­bano, in­cluindo o po­pu­loso bairro de Dahieh, no sul de Bei­rute.

Es­tima-se que, desde o co­meço de Ou­tubro, mais de um mi­lhão de li­ba­neses pa­les­ti­ni­anos e re­fu­gi­ados sí­rios te­nham fu­gido dos seus lares para es­capar às vagas de ata­ques in­dis­cri­mi­nados is­ra­e­litas contra a po­pu­lação.

Campos de re­fu­gi­ados bom­bar­de­ados em Gaza
Pros­se­guindo a sua guerra ge­no­cida com novos mas­sa­cres, tropas is­ra­e­litas ma­taram de­zenas de pa­les­ti­ni­anos, em bom­bar­de­a­mentos contra os campos de re­fu­gi­ados de Bu­reij e Nu­seirat, lo­ca­li­zados no centro da Faixa de Gaza.

As forças ocu­pantes de­sen­ca­de­aram na se­mana pas­sada mais uma agres­siva ope­ração ter­restre contra o norte do ter­ri­tório pa­les­ti­niano, de­pois de terem or­de­nado a eva­cu­ação for­çada da po­pu­lação de di­versas zonas.

Te­le­vi­sões re­gi­o­nais qua­li­fi­caram de «um in­ferno» a si­tu­ação no campo de re­fu­gi­ados de Ja­balia, de­vido aos ata­ques is­ra­e­litas, com mi­lhares de civis a fugir para sul, a única rota de es­cape aberta após o cerco mi­litar is­ra­e­lita. Porém, também nessa zona da Faixa de Gaza pouco ou nada per­ma­nece de pé, não ha­vendo por isso as mí­nimas con­di­ções para aco­lher mais estes des­lo­cados.

Mais de 11 mil presos na Cis­jor­dânia num ano
As forças ocu­pantes is­ra­e­litas pren­deram nos úl­timos 12 meses mais de 11 mil pa­les­ti­ni­anos na Cis­jor­dânia, que está sob ocu­pação is­ra­e­lita.

Em Ra­mala, a As­so­ci­ação de Pri­si­o­neiros e a Au­to­ri­dade de As­suntos de Pri­si­o­neiros e Ex-pri­si­o­neiros pre­ci­saram que nos úl­timos dias foram de­tidos mais 15 pes­soas, nas re­giões de He­bron, Belém, Tul­karem e Tubas.

As duas or­ga­ni­za­ções de­nun­ci­aram, uma vez mais, os sis­te­má­ticos ata­ques das forças is­ra­e­litas nos ter­ri­tó­rios pa­les­ti­ni­anos, que in­cluem as­saltos a re­si­dên­cias, des­truição de infra-es­tru­turas e as­sas­si­natos se­lec­tivos.

Se­gundo dados ofi­ciais, desde há um ano, pelo menos 741 pa­les­ti­ni­anos per­deram a vida em re­sul­tado de ata­ques da po­lícia, do exér­cito e de co­lonos is­ra­e­litas na Cis­jor­dânia.

«Trá­gico custo» da agressão is­ra­e­lita
O alto co­mis­sário das Na­ções Unidas para os re­fu­gi­ados afirmou que é ur­gente es­tender o apoio in­ter­na­ci­onal ao Lí­bano, de onde alertou para as trá­gicas con­sequên­cias da agressão is­ra­e­lita em curso.

O di­plo­mata, que vi­ajou para o Lí­bano tendo em vista pro­mover o au­xílio às po­pu­la­ções civis, pediu o ime­diato cessar-fogo e as­se­gurou que cen­tenas de mi­lhares de pes­soas fi­caram sem ha­bi­tação nos úl­timos dias. «Hoje, fui tes­te­munha do trá­gico custo que esta guerra está a ter para co­mu­ni­dades in­teiras», de­clarou o chefe da Agência das Na­ções Unidas para os Re­fu­gi­ados (ACNUR). O di­reito in­ter­na­ci­onal hu­ma­ni­tário deve res­peitar-se e não pode ser ig­no­rado, acen­tuou, aler­tando que, no Lí­bano, mi­lhares de fa­mí­lias, in­cluindo cri­anças, estão a viver ao ar livre.

 



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