Assinar pelos salários e pensões, lutar por uma vida melhor
Começa hoje, em todo o País, a acção nacional do PCP «Aumentar salários e pensões. Para uma vida melhor!», anunciada pelo Secretário-Geral do Partido no comício da Festa do Avante!.
O aumento dos salários é a grande emergência nacional
Esta é uma grande iniciativa a levar a cabo nos próximos meses, que se desenvolverá de forma articulada com a acção reivindicativa em curso. Ela envolve a recolha de um grande abaixo-assinado, mas vai muito para além disso, pretendendo promover o contacto, o diálogo e o esclarecimento com os trabalhadores e o povo.
Um grande arranque!
Mais de centena e meia de acções de recolha de assinaturas, e de agitação e contacto, marcarão o primeiro de dia da acção nacional «Aumentar salários e pensões. Para uma vida melhor!». De Norte a Sul do País, no continente e nas ilhas, em pequenas e grandes empresas e em locais de trabalho dos sectores público e privado, a 26 de Setembro será ouvida a voz do Partido, na exigência de uma vida melhor.
Na região de Lisboa, para além de iniciativas diversas em todos os concelhos, o Secretário-Geral do Partido participa, às 16h00, numa acção de contacto e recolha de assinaturas na Exide, em Castanheira do Ribatejo.
Em Setúbal, uma das acções consiste no contacto com os trabalhadores dos estaleiros da Lisnave e, no Porto, a acção decorre no Campo 24 de Agosto ao final da tarde. Em Lagoa, nos Açores, serão contactados os trabalhadores do Centro Popular e em Sines os trabalhadores da Petrogal. No Funchal, a acção desenrola-se na ria Fernando Fernão Ornelas e na Guarda junto à Câmara Municipal. Já em Évora, realiza-se uma tribuna pública no Largo de Camões.
Cimpor em Coimbra, o supermercado Continente em Beja, a Renova em Torres Novas, o Complexo Grundig,em Braga, a Huber Tricot, em Santa Maria da Feira, a Fagar, em Faro, a vidreira Santos Barosa, na Marinha Grande, ou as feiras de Monção e de Vila Pouca de Aguiar, os mercados de Mirandela e de Nisa e a Praça da República, em Viseu, são alguns outros locais onde a Acção Nacional terá expressão no arranque.
A JCP desenvolve mais de meia centena de acções, em empresas, mas também em escolas do Ensino Superior.
Recolher assinaturas
A acção nacional tem o objectivo concreto de recolher um abaixo-assinado para entregar ao primeiro-ministro. Um objectivo que, partindo da convicção de que o envolvimento das massas é condição essencial para avançar nos direitos e nas condições de vida, procura assegurar o compromisso de cada um relativamente a cada uma daquelas reivindicações.
Um objectivo que envolve o debate e a tomada de medidas em cada organização do Partido para definir metas na sua estrutura e para descentralizar folhas de abaixo-assinado, que andarão na mão dos militantes do Partido, mas também de outros que, não o sendo, se empenharão também nesta dinâmica.
Contacto, diálogo, esclarecimento
Na sua mais recente reunião, o Comité Central do Partido, sublinhou «a importância da acção nacional “Aumentar salários e pensões. Para uma vida melhor!”, consubstanciada numa ampla acção de contacto com os trabalhadores e as populações solicitando a sua tomada de posição». Uma acção que durará até Março de 2025 e que se quer levar muito para lá da recolha de assinaturas.
Constituirá uma grande acção de contacto, de conversa, de ligação às massas, uma acção de agitação, que ocupará a rua, à porta de empresas e serviços, mas também de creches, jardins de infância e escolas, de centros de saúde, de centros de dia, nos bairros e praças, nos centros de transportes.
Uma acção que, «no seu desenvolvimento, assumirá expressão de formas muito diversas», visando assegurar uma forte visibilidade do PCP, envolvendo os diversos meios de som e afirmação do Partido em cada acção.
Salários e outras exigências
Como se pode ler no Comunicado do Comité Central, que publicamos nesta edição, «o aumento dos salários, que é a grande emergência nacional que o País enfrenta, que o PS antes recusava, o PSD e o CDS, agora também impedem. Aumento dos salários que é justo, porque são os trabalhadores que criam a riqueza e fazem o País funcionar e têm que ser justamente compensados por isso; que é possível, com uma mais justa distribuição da riqueza criada, perante os lucros dos grandes grupos económicos, dinamizando o mercado interno e, com isso, favorecendo as pequenas e médias empresas; que é urgente, perante o aumento do custo de vida, perante as dificuldades por que passam tantos trabalhadores».
Mas, como atrás de refere, este abaixo-assinado vai mais longe, dando resposta aos pensionistas que reclamam melhores pensões para uma velhice digna, pugnado pela melhoria do SNS, exigindo creche e pré escolar gratuito para todas as crianças, em rede pública, defendendo o direito de todos à habitação.