Luta representou avanços na CP e na TTSL

Na sequência da greve no dia 22, os sindicatos reuniram com a administração da CP no dia 23, formalizando um acordo de princípios que, não respondendo a todas as reivindicações, deu avanços positivos.

Acordo na CP reduziu a polivalência de funções, rejeitada pelos trabalhadores

Administração cedeu e retirou a proposta de incluir, nas funções dos técnicos de manutenção, a movimentação de material motor em parque

Tal como noticiado no número anterior, com este acordo,conseguiram-se alterações e limitações nos conteúdos funcionais, reduzindo a polivalência de funções, rejeitada pelos trabalhadores. No entanto, alertou o SNTSF, da CGTP-IN, o acesso a estas novas funções é voluntário, sendo sempre garantida a progressão nas carreiras.

Também nas remunerações, os trabalhadores conquistaram aumentos salariais de 1,5 por cento, a fixação do subsídio de refeição em 9,20 euros, e melhores prémios anuais de produtividade e revisão.

No que concerne aos técnicos de manutenção, foi rejeitada a proposta da administração de incluir, nas suas funções, a movimentação de material motor em parque.

Da parte dos sindicatos, foram colocadas duas alternativas: ou a CP ia além dos 20 euros de prémio por si propostos; ou retirava a proposta. A administração tomou a segunda opção.

A negociação com a CP irá continuar, estando marcada reunião na última semana de Setembro.

Transtejo-Soflusa
Também os trabalhadores da Transtejo-Soflusa (TTSL) alcançaram o aumento de todos os salários.

A decisão da TTSL vem na sequência de um pré-aviso de greve para esta semana, que obrigou a administração a propor a actualização salarial. Assim, informou a FECTRANS, no dia 25, o plenário de trabalhadores decidiu suspender a greve, dando o seu aval para que prosseguisse o processo de negociação de um novo Acordo de Empresa.

 

Na Carris, trabalhadores não vergam

O STRUP, da CGTP-IN, anunciou, no dia 23, que, caso não haja resposta às reivindicações dos trabalhadores da Carris, estes avançarão para greve de 24 horas.

A tomada de posição surgiu na sequência de reunião com a administração nessa data, onde a empresa não deu resposta às questões centrais colocadas pelo sindicato: redução faseada do horário semanal para as 35 horas, com inclusão do tempo de deslocação; e aumento real dos salários e do subsídio de refeição. Apesar disso, informou o sindicato, a empresa cedeu nalguns pontos, como a redução para as 1 000 horas para atribuição do prémio de condução defensiva, diferindo, no entanto, a sua aplicação para 2025.

O STRUP deixou, ainda, expressa a sua oposição a qualquer alteração nos complementos de reforma ou no direito à assistência médica e medicamentosa.

CarrisTur
Na CarrisTur continuam as greves parciais, tendo decorrido, no dia 27, greve de 24 horas.

Os trabalhadores, sublinhou o STRUP, continuarão em luta até haver evolução nas negociações com a empresa, no sentido da redução do horário semanal para as 35 horas e do aumento do subsídio de refeição.

Também é reivindicado pelos trabalhadores da CarrisTur, em conjunto com os da CarrisBus, a sua integração definitiva na Carris, que detém a 100 por cento as duas empresas.

 



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