Utentes exigem direitos consagrados na Constituição
O MUSP promoveu uma acção, no dia 27 de Maio, em Porto de Muge, através da qual se exigiu a construção de uma nova ponte em Santana.
«Há mais de 15 anos que se fala na necessidade de eliminar a passagem de nível da Linha do Norte, junto ao apeadeiro de Santana/Cartaxo, e, com a passagem superior que ali viesse a ser construída, se resolvesse também e definitivamente o problema da degradação da velha ponte rodoviária na EN3.3, de ligação do Cartaxo a Valada», descrevem os utentes, lembrando que «muitos têm sido os projectos, os discursos e as promessas, mas, na realidade, nada foi feito até agora, a não ser a abertura de concursos que ficam “desertos” e que representam, na prática, adiamentos sobre adiamentos de uma obra que é indispensável para as populações do concelho do Cartaxo e dos concelhos vizinhos».
«A situação agravou-se nos tempos mais recentes com o encerramento ao trânsito da ponte, junto a Santana, devido ao avançado estado de degradação, pondo em causa a segurança de quem nela circula» e «a passagem de nível ceifou mais duas vidas no último ano», acrescentou o MUSP.
Ponte Rainha D. Amélia
Entretanto, a ponte Rainha D. Amélia sofreu obras de reforço dos pilares, de responsabilidade da Infra-estruturas de Portugal, mas os problemas no tabuleiro da ponte subsistem, não se vislumbrando quando os municípios do Cartaxo e de Salvaterra de Magos, responsáveis por esta parte da infra-estrutura, levam por diante a intervenção que se exige. «Há muito que se impõe a reparação dos corrimões laterais, danificados com a passagem de máquinas agrícolas e outros veículos de maior dimensão» e a «concretização de um estudo e projecto para que por aquela ponte possam passar viaturas com tonelagem superior a 3500 quilos», reclamam os utentes, defendendo que «todos os que utilizam a EN3.3, entre Valada e o Cartaxo, bem como aqueles que atravessam o rio Tejo, entre Muge e Porto de Muge, para seguirem para o Cartaxo ou para tomarem o comboio em Santana/Cartaxo, não podem continuar a ser sacrificados com deslocações de mais quilómetros, mais tempo e maior incómodo e gastos».
No encontro com o MUSP, os residentes de Porto de Muge realçaram que se sentem inseguros pelo facto de, devido ao encerramento da ponte de Santana, o socorro estar mais longe, quer o INEM, os Bombeiros ou as Forças de Segurança.
Benavente
Já a Comissão de Utentes do Concelho de Benavente alerta para a falta de médicos e de enfermeiros de família, o que obriga os doentes a deslocarem-se às urgências hospitalares, congestionando-as ainda mais. Neste concelho, cerca de 11 mil utentes não têm médico de família. Como alternativa, a ULS Estuário do Tejo está a oferecer uma vídeo-consulta, com consulta prévia de enfermagem, o que os utentes contestam.
Litoral Alentejano
No dia 18 de Maio, a Comissão de Utentes dos Serviços Públicos do Concelho de Alcácer do Sal realizou uma iniciativa em torno das comemorações dos 50 anos da Revolução dos Cravos, sob o lema «Abril é avanço, é mais e melhores serviços públicos», onde se alertou para as dificuldades no acesso aos transportes públicos.
Em comunicado, a Comissão de Grândola valorizou as diversas iniciativas que os utentes da Estrada Nacional n.º 261 tiveram em defesa da reparação daquela estrada junto da Infra-estruturas de Portugal e do Governo.