A primeira, no Porto, ocorrerá às 18h30 em forma de um cordão humano que ligará a Praceta da Palestina à Trindade. No dia seguinte, em Lisboa, tem lugar uma manifestação, às 15h00, entre a Fundação José Saramago e o Martim Moniz. Para ontem, 8, em Coimbra, estava agendada uma concentração na Ponte de Santa Clara, seguida de um desfile até à Praça 8 de Maio.

O apelo à participação foi já subscrito por um vasto conjunto de organizaçõesque alertam para o «genocídio da população da Faixa de Gaza e à intenção, por parte de Israel, de reocupar e recolonizar» aquele território palestiniano, «forçando a expulsão» da população – como se verificou há 76 anos com a Nakba.

«A barbárie promovida por Israel não conhece limites», condena o texto, que dá conta de mais de 110 mil as pessoas mortas ou feridas, na sua maioria crianças e mulheres; de hospitais, centros de saúde, escolas e instalações das Nações Unidas transformados em alvos militares e arrasados; de mais de uma centena de jornalistas mortos; de médicos, profissionais de saúde, funcionários das Nações Unidas e de agências humanitárias «mortos como em nenhum conflito do mundo».

«O genocídio continua, alimentado pelo apoio militar, político e diplomático dos EUA e seus aliados, incluindo a União Europeia», desmascara o apelo, referindo que o Governo português tem a obrigação constitucional de tomar iniciativas no plano internacional que visem a solução pacífica dos conflitos internacionais, o direito dos povos à autodeterminação e o respeito pela soberania e independência dos Estados.

«É necessário pôr fim à guerra e à confrontação no Médio Oriente, na Europa e em todas as outras partes do mundo, evitando o perigo de uma ainda maior catástrofe envolvendo as maiores potências nucleares do planeta», alertam as organizações.

Entretanto, já está marcado, para 1 de Junho, um Concerto pela Paz no Auditório Municipal de Vila Nova de Gaia.