Denúncia absurda da PSP à CPCJ

Um caso «totalmente despropositado e inaceitável», para além de «insólito», é deste modo que o PCP avalia a queixa apresentada pela PSP à Comissão de Protecção de Crianças e Jovens (CPCJ) relativa ao facto de uma mãe ter levado consigo o bebé, no carrinho de bebé, numa acção de rua, a propósito do Dia Internacional da Mulher.

Esta situação, que veio relatada em órgãos de comunicação social nacionais, levou a presidente do Grupo Parlamentar do PCP a questionar o ministro da Administração Interna sobre a referida queixa, inquirindo, designadamente, se a mesma se confirma, e, se sim, «com que fundamento». Perguntado é também como avalia o responsável pela Administração Interna «a atitude da PSP de apresentar uma queixa à CPCJ».

A deputada comunista, citando a referida notícia, assinala que a PSP alegou que o frio e a chuva poderiam colocar o bebé em risco. Registe-se que o bebé, segundo a descrição do sucedido, estava protegido com mantas e com capa adequada para a chuva. Invocada por aquela força de segurança foi ainda a circunstância de se tratar de uma manifestação, pelo que «poderia haver situações de risco, como uma contra-manifestação».

Resumindo, para Paula Santos, tal atitude da PSP é «totalmente descabida e despropositada», perguntando, por isso, se a mesma significa que «um adulto está impedido de se deslocar com um bebé a um centro de saúde ou à creche, porque está frio e a chover».

Daí questionar o ministro não só quanto aos «critérios utilizados para avaliação do risco pela PSP», como sobre as diligências que pensa adoptar «para corrigir o sucedido».

 

 



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