Solidariedade mundial com povo palestiniano

Após cinco meses de massacre do povo palestiniano, em especial na Faixa de Gaza, é cada vez maior a solidariedade mundial com a causa da Palestina: exige-se o cessar-fogo, a entrada de ajuda humanitária e uma solução política duradoura que garanta os direitos do povo palestiniano.

Há um clamor pelo mundo a exigir o cessar-fogo imediato na Faixa de Gaza e o fim do cerco


De Washington, Nova Iorque e Filadélfia, nos EUA, a Londres, no Reino Unido, passando por outras cidades de diferentes continentes, milhares de pessoas continuam a manifestar-se pela paz e a exigir o fim da agressão israelita contra o povo palestiniano, agressão que já provocou em 150 dias, na Faixa de Gaza, mais de 100 mil mortos, feridos e desaparecidos.

Em Cuba, no sábado, 2, mobilizações por toda a ilha ratificaram o apoio ao povo palestiniano face ao genocídio israelita e alertaram para a ameaça que paira sobre a cidade de Rafah, no sul da Faixa de Gaza, onde permanecem mais de um milhão de deslocados. As concentrações, convocadas por organizações juvenis e sociais, ocorreram nas capitais provinciais e noutras cidades cubanas para reclamar o cessar-fogo imediato, o fim da agressão e a retirada das forças de ocupação.

Em Havana, milhares de pessoas juntaram-se na Tribuna Anti-imperialista José Martí, acto em que participaram o presidente Miguel Díaz-Canel, o vice-presidente Salvador Valdés, o primeiro-ministro Manuel Marrero, e outros dirigentes, para condenar o genocídio e o apoio dos EUA aos crimes de Israel.

Usando da palavra na iniciativa, Omara Durán, campeã paralímpica, expressou a solidariedade das mulheres e do povo cubano com a Palestina e ressaltou que as 30 mil vítimas mortais em cinco meses não incluem as que não foram registadas em hospitais ou as que permanecem sob os escombros na Faixa de Gaza, devastada pelos bombardeamentos israelitas. Indicou que entre os mortos estão 8800 mulheres e 13.230 menores de idade, incluindo bebés de poucos meses ou anos de vida.

Aleida Guevara
e Nkosi Mandela

Um outro exemplo de solidariedade chega do Chile, onde, na segunda-feira, 4, centenas de chilenos se manifestaram em Santiago, a capital, em frente à embaixada de Israel. Os manifestantes, empunhando cartazes e entoando palavras de ordem, instaram o presidente chileno, Gabriel Boric, a romper as relações com Telavive. Na capital chilena participaram numa iniciativa cultural pela paz Aleida Guevara, filha de Che Guevara, e Nkosi Zwelivelile Mandela, neto de Nelson Mandela.

Para ontem ao final da tarde, em Lisboa, estava marcada uma concentração, promovida por CPPC, CGTP-IN, MPPM e Projecto Ruído – Associação Juvenil.




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