Venezuela resiste à ingerência e ao golpismo
Duas décadas e meia após a primeira tomada de posse de Hugo Chávez, a República Bolivariana da Venezuela comemora as conquistas alcançadas e continua a resistir à ingerência do imperialismo norte-americano.
O bloqueio prejudica gravemente a Venezuela e o seu povo
O Governo venezuelano afirma ter desmantelado operações terroristas que procuravam desestabilizar o país e semear actos de violência, salientando que as mesmas visavam perturbar o processo eleitoral deste ano. Apesar «das ameaças, do intervencionismo e da chantagem imperialistas», garante que as eleições terão lugar em condições de paz e no pleno exercício da soberania da República Bolivariana da Venezuela.
Para o Governo bolivariano, os EUA são incoerentes ao pretender condenar a Venezuela por «tomar acções no âmbito da Constituição e das leis para preservar a paz» ao mesmo tempo que, nos próprios EUA, manifestantes pacíficos são detidos por protestarem contra o genocídio na Faixa de Gaza, numa frontal violação da liberdade de expressão. «Com tamanha falta de coerência, não surpreende que Washington defenda os artífices das operações terroristas frustradas na Venezuela e até os brinde com o seu apoio cúmplice», acrescenta.
Saque e bloqueio
Entretanto, as autoridades judiciais venezuelanas confirmaram a inabilitação de Maria Corina Machado e de Henrique Caprilles para exercerem funções públicas por um período de 15 anos. A medida foi reafirmada na sequência de recursos apresentados.
No caso de Maria Corina Machado, o Tribunal Supremo de Justiça concluiu pelo seu envolvimento na «teia de corrupção orquestrada por Juan Guaidó, que resultou no criminoso bloqueio» imposto ao país pelos EUA.
Machado, concluiu o Tribunal, participou no roubo de empresas e riquezas do povo venezuelano no estrangeiro, como a CITGO e a canadiana Crystallex, que provocou prejuízos superiores a 32 mil milhões de dólares. A entrega e posterior falência da empresa Monómeros e o «sequestro e roubo de 31 toneladas de ouro venezuelano que se encontram no Banco de Inglaterra» são outros actos que tiveram o envolvimento de Maria Corina Machado e que justificam a decisão judicial.
E não é tudo. Juntamente com Guaidó e outros, Machado esteve envolvida na exigência de aplicação de sanções e do bloqueio económico contra o país, o que levou à ilegal retenção de quatro mil milhões de dólares por entidades financeiras no plano internacional. Estas medidas, recorda-se, impossibilitaram a aquisição de medicamentos para a população venezuelana, com consequências negativas no sistema de saúde.
Defender as conquistas
contra novas agressões
Em vários pontos do país têm-se registado manifestações populares contra o golpismo e em defesa da Revolução Bolivariana e das suas conquistas. Estas acções têm também comemorado os 25 anos da tomada de posse de Hugo Chávez como Presidente da Venezuela, em 1999.
Entretanto, os EUA anunciaram que reactivarão, a partir de 18 de Abril, a aplicação de sanções unilaterais contra sector petrolífero e do gás venezuelano, continuando com a sua política de ingerência e desestabilização contra a República Bolivariana da Venezuela e o povo venezuelano.