Em Santarém (como no País): mudar de política para defender o SNS
O PCP fala em «degradação dramática» dos serviços prestados aos utentes do SNS no distrito de Santarém. Numa nota emitida no dia 4, a Direcção da Organização Regional de Santarém do Partido (DORSA) refere-se tanto às unidades hospitalares como aos cuidados primários, e identifica a «falta de recursos humanos, meios técnicos e infra-estruturas que dêem resposta aos problemas das populações» como raiz de grave situação que se vive.
À medida que o tempo passa, denuncia, «agravam-se os problemas que levam a atrasos cada vez maiores no atendimento das urgências hospitalares; ao esgotamento das estruturas hospitalares para albergarem mais doentes (…); ao aumento do número de utentes sem médico de família (mais de 120 mil sem médico de família); à concentração do atendimento nas sedes de concelho, devido ao encerramento de dezenas de postos de saúde nas localidades rurais».
Para o PCP, nada disto é inevitável. Os problemas com que os utentes do distrito de Santarém se confrontam (no essencial semelhantes aos do resto do País), residem na «falta de resposta do Governo» em questões como: o recrutamento dos profissionais em falta, com salários dignos, «condições de trabalho, progressão e diferenciação»; o reforço dos cuidados de saúde de proximidade; a valorização da saúde pública, a defesa dos serviços públicos de saúde e da gestão participada do SNS.
Impõe-se ainda o fim da «transferência de dinheiros públicos para o sector privado, ou seja, recusar o “negócio da doença”; única perspectiva que os grupos económicos privados têm relativamente à Saúde».