Os deputados do PCP no Parlamento Europeu foram os únicos deputados portugueses a votarem, no dia 19 de Outubro, contra a resolução do PE sobre a situação em Israel e nos territórios palestinianos ilegalmente ocupados. Distanciando-se e condenando quaisquer acções de violência que visem as populações e vitimem inocentes – sejam palestinianas ou israelitas, árabes ou judeus –, os deputados do PCP denunciam que a resolução aprovada recusa-se a fazer esta condenação, optando por uma postura cínica e conivente com a política de Israel, que há décadas ocupa ilegalmente territórios palestinianos e oprime o povo palestiniano.

A resolução não faz também qualquer enquadramento histórico das causas do conflito israelo-árabe, assumindo uma abordagem enviesada, insistindo no «direito à legítima defesa» por parte daquele que é o ocupante e o opressor, o que serve de pretexto ao autêntico massacre que Israel está a levar a cabo contra a população palestiniana da Faixa de Gaza, assim como às dezenas de assassinatos que tropas e colonos israelitas levam a cabo na Cisjordânia, na sequência dos assassinatos de centenas de palestinianos durante 2022 e 2023.

Entre outros aspectos, os deputados do PCP no PE sublinham que há que pôr fim à política da União Europeia, dos EUA e da NATO de desestabilização do Médio Oriente, de que são exemplo as suas intervenções militares no Líbano, no Afeganistão, no Iraque, na Líbia ou na Síria, entre outros exemplos.