Milhares de trabalhadores em greve em fábricas de automóveis dos EUA

Nos três maiores fabricantes de automóveis dos EUA registam-se greves dos trabalhadores por melhores salários e pensões de reforma.

Perante a falta de acordo com as entidades patronais, o sindicato United Auto Workers (UAW), que representa 150 mil trabalhadores de fábricas de automóveis dos EUA, avançou com greves em três dos maiores fabricantes do país – General Motors, Ford Motor e Stellantis (proprietária da Chrysler, Jeep e Ram). A paralisação, iniciada à meia-noite do dia 15, atinge os denominados «Três Grandes», com várias fábricas obrigadas a suspender a produção.

O sindicato anunciou a greve face à falta de acordo com o patronato.

Desde 2003, os trabalhadores norte-americanos do sector tiveram uma redução salarial de 30 por cento por hora, em média. Contudo, na última década, os Três Grandes fabricantes de automóveis obtiveram mais de 250 mil milhões de dólares em lucros e recompensaram os accionistas com dezenas de milhares de milhões de dólares.

«Poderiam duplicar os nossos aumentos e não aumentar os preços dos automóveis e, ainda assim, obter milhares de milhões de dólares em ganhos», afirmou o presidente do UAW, denunciando que as empresas rejeitaram as reivindicações do sindicato por aumentos salariais e pelo restabelecimento dos benefícios na área da saúde, que lhes foram retirados durante a crise da indústria há mais de uma década.




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