Mais apoios para aumentar a produção agrícola

O Secretário-Geral do PCP alertou para os perigos da liberalização dos direitos de plantação da vinha nos países da UE, que terá consequências muito negativas para os produtores nacionais.

«Os desafios e as dificuldades são muitos»

Em causa está o facto de os países da União Europeia poderem vir a aumentar a plantação da vinha em 1 por cento. Segunda-feira, durante uma visita às Festas das Vindimas de Palmela, que este ano celebram 60 anos, Paulo Raimundo sublinhou que este é um «problema» para a região de Setúbal, mas também para o País. «Um por cento do espaço cultivado em França, em Espanha ou Itália é, por si só, superior a toda esta região [de Setúbal]», precisou, assegurando que ali há «bom vinho, de grande e reconhecida qualidade» e, nesse sentido, «é preciso» mais apoios para aumentar a produção e parar de pagar para que «se deixe de produzir».

A actual situação comprova a necessidade de uma política patriótica e de esquerda que assuma a defesa da produção nacional. Com o «apoio» do PCP «vamos pôr a produção vinícola a andar para a frente» porque «esta região e o País precisam», assegurou.

A iniciativa foi acompanhada por Armindo Miranda, da Comissão Política do PCP, e pelos presidentes da Câmara e da Assembleia Municipal de Palmela, respectivamente, Álvaro Amaro e Ana Teresa Vicente.

 

Autoeuropa

Interrogado pelos jornalistas sobre a paragem de produção na Autoeuropa (de 11 de Setembro a 12 de Novembro), devido às dificuldades de um fornecedor da Eslovénia, o Secretário-geral do PCP defendeu que «as medidas que se venha a tomar» devem contemplar as empresas do parque industrial junto à fábrica da Volkswagen de Palmela, que «tem tantos ou mais trabalhadores» que a Autoeuropa.

«Estamos a falar de uma empresa com uma capacidade extraordinária de produção, com um número enorme de trabalhadores, mas o seu dia-a-dia depende de outras empresas noutros pontos do mundo para a produção que é feita cá. O que nós precisamos é de criar as condições para que aquilo que faz falta também possa ser produzido em Portugal», concluiu.





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