No dia em que se assinala meio século sobre o golpe militar fascista no Chile (11 de Setembro), o PCP promove, pelas 18 horas, no Hotel Mundial, em Lisboa, uma sessão evocativa sob o lema «um crime que não deve ser esquecido». Na iniciativa participa o Secretário-geral do PCP, e, além de se recordar a intentona que «derrubou com brutal violência o presidente Salvador Allende, democraticamente eleito em 1970», será salientado que «durante três anos, o Governo da Unidade Popular implementou importantes medidas económicas e sociais que promoveram a melhoria das condições de vida dos trabalhadores e povo chileno».

Foi precisamente «desrespeitando o caminho transformador progressista determinado pelo povo chileno» que sucedeu «o golpe militar fascista, desencadeado com o apoio dos EUA e a intervenção da CIA» e impondo «uma violenta e cruel ditadura», factos tanto mais relevantes de assinalar quanto, «num momento em que são promovidas forças de extrema-direita e fascistas, é necessário que os democratas e anti-fascistas fortaleçam a sua vigilância e acção contra projectos reaccionários e fascizantes, afirmando com confiança um caminho para Portugal assente nos valores da Revolução de Abril», afirma, também o Partido, na divulgação da iniciativa.