«Finalmente, Setúbal está num processo de se ver livre desta chaga social de tantos anos que era a Quinta da Parvoíce. Estas máquinas estão a terminar esse pesadelo desta cidade, que, ao longo de tantos anos, se viu confrontada com esta imagem negativa em Setúbal que era a Quinta da Parvoíce. As barracas em Setúbal estão finalmente a acabar», afirmou André Martins, num comunicado divulgado em www.mun-setubal.pt.

O eleito, acompanhado da vice-presidente, Carla Guerreiro, sublinhou que a obra de demolição, iniciada a 16 de Agosto, «está em fase avançada» e tem conclusão prevista até meados de Setembro, encontrando-se em desenvolvimento os estudos e projectos «para as novas construções» de habitação pública de renda apoiada e renda acessível a edificar naquela área, onde havia 75 casas abarracadas.

O objectivo da CMS é que «daqui a dois anos» haja «nova construção» na Quinta da Parvoíce e que os residentes, «temporariamente realojados» em casas arrendadas e numa residencial, «possam regressar» àquele espaço, que também deverá receber «outros moradores de Setúbal».

Duas fases

A empreitada de demolição, promovida pela autarquia CDU, está a decorrer em duas fases, numa obra orçada em perto de 150 mil euros, cabendo ao Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU) assumir parte da despesa.

Na primeira fase, são removidos 4328 metros quadrados de chapas em fibrocimento, que contêm amianto, facto que obriga os operários a envergarem equipamento de protecção apropriado e, ao fim do dia, a passarem por uma câmara de descontaminação instalada no local.

Na segunda, é feita a demolição das construções existentes no local, com o correspondente carregamento de 3500 toneladas de entulho para vazadouro. As demolições começaram pelas habitações que não tinham chapas de fibrocimento e prosseguem nestas à medida que este material perigoso é retirado.

Dezembro de 2025
Na Quinta da Parvoíce vai nascer um bairro de habitação pública formado por habitações de renda apoiada, a construir pela CMS (48 fogos), e de renda acessível, cuja edificação é da responsabilidade do IHRU, no âmbito do 1.º Direito/PRR, o qual tem como prazo de conclusão 31 de Dezembro de 2025.

A intervenção enquadra-se no plano para a construção de um total de 530 habitações de renda apoiada e de renda acessível no concelho, desenvolvido no âmbito da Estratégia Local de Habitação de Setúbal, a qual abrange ainda a requalificação de 3722 habitações ou alojamentos considerados indignos.

Este processo de construção e requalificação de fogos representa um investimento total de 192 milhões de euros até 2030, no âmbito do programa 1.º Direito, com financiamento do PRR – Plano de Recuperação e Resiliência.

Câmara do Seixal aprova investimento para arrendamento acessível

A Câmara Municipal do Seixal (CMS) aprovou, no dia 23 de Agosto, a aquisição de um prédio urbano com oito fracções habitacionais em Corroios, para o remodelar e colocar no programa de arrendamento acessível.

«Os valores actualmente praticados para o arrendamento habitacional exigem o desenvolvimento de políticas activas de regulamentação do mercado, garantindo habitação a custos acessíveis que impeça a fuga dos actuais residentes, atraia novos moradores e fixe jovens. A aquisição deste imóvel é mais um passo importante na promoção de habitação de rendas acessíveis e para o reforço de qualificação do património imobiliário municipal», referiu o presidente da CMS, Paulo Silva.