Alegria da juventude na construção da Festa do Avante!

Dos dias 11 a 15 de Agosto, os jo­vens co­mu­nistas, vindos de norte a sul do País, reu­niram-se na Quinta de Ata­laia, para a Jor­nada Na­ci­onal da JCP onde a ale­gria, a ca­ma­ra­dagem e o en­tu­si­asmo es­ti­veram pre­sentes em todos os mo­mentos.

Para lá da cons­trução, jo­vens re­velam-se es­sen­ciais na di­vul­gação da Festa

Nestes cinco dias foi pos­sível ve­ri­ficar o im­por­tante con­tri­buto que estes mi­li­tantes e o seus amigos dão à cons­trução da Festa. Con­tri­buto que se ex­pressou na cons­trução do Es­paço da Ju­ven­tude, o es­paço que du­rante o pri­meiro fim-de-se­mana de Se­tembro per­ten­cerá, por ex­ce­lência aos jo­vens, e que nesta jor­nada se foi er­guendo. No en­tanto, a sua par­ti­ci­pação não se cir­cuns­cre­veu­a­pe­nasa este local. Pelo con­trário, es­tendeu-se ao longo de todo o re­cinto, nas mais va­ri­adas ta­refas, desde a pin­tura até à lim­peza do ter­reno.

Para além do sen­tido de mi­li­tância, entre-ajuda e ca­ma­ra­dagem que al­guns jo­vens ex­pe­ri­en­ciam pela pri­meira vez, éa apren­di­za­gemde novos co­nhe­ci­mentos que dis­tingue de forma par­ti­cular este ou­tros mo­mentos de tra­balho da JCP na Festa. Da Ata­laia saem todos os Ve­rões au­tên­ticos novos car­pin­teiros, pin­tores, es­cul­tores e pe­dreiros.

Todos os anos, cen­tenas de jo­vens des­locam-se até à Amora para edi­ficar aquela que é também a sua Festa. A Jor­nada Na­ci­onal foi mais um exemplo desse grande con­tri­buto que se es­tende ao longo de todo o Verão e que não se li­mita ao es­paço da Ata­laia. Foram muitos os que, não par­ti­ci­pando nestes cinco dias, ga­ran­tiram, de uma ponta à outra do País, a di­vul­gação da Festa do Avante! junto das massas e nas ruas, através das dis­tri­bui­ções dos jor­nais dos ar­tistas, do per­curso da Car­rinha da Festa ou de muitas ou­tras ini­ci­a­tivas.

 

Es­paço para tra­balho e de­bate

Após a che­gada dos cons­tru­tores, do jantar-con­vívio, onde a boa-dis­po­sição foi ele­mento cen­tral, e da jor­nada de tra­balho de dia 12, re­a­lizou-se, ao anoi­tecer, o de­bate «Abril é mais Fu­turo», que contou com a par­ti­ci­pação de Do­mingos Abrantes, re­sis­tente an­ti­fas­cista. Em con­junto com o des­ta­cado mi­li­tante do PCP, os jo­vens ti­veram opor­tu­ni­dade de re­flectir e dis­cutir a im­por­tância da Re­vo­lução de Abril e das suas con­quistas, mas também de uma ta­refa que a todos se impõe: a luta pela sua de­fesa e dos seus va­lores. No mo­mento em que se ce­le­bram os 50 anos do 25 de Abril, sa­li­entou-se a im­por­tância de en­frentar a in­ten­si­fi­cação das ten­ta­tivas de bran­que­a­mento e re­vi­si­o­nismo da­quilo que foi a di­ta­dura fas­cista e dos crimes que por ela foram co­me­tidos. Es­pe­cial atenção re­cebeu a cam­panha da JCP – «Abril é mais fu­turo» – que pre­ten­derá levar esta pa­lavra de ordem às es­colas, fa­cul­dades e lo­cais de tra­balho de todo o País.

 

Dis­cussão marcou Jor­nada

Já no dia 13, o tra­balho co­meçou cedo sendo apenas in­ter­rom­pido para o al­moço e para os Ple­ná­rios Na­ci­o­nais das or­ga­ni­za­ções do En­sino Se­cun­dário e Pro­fis­si­onal, Su­pe­rior e da Ju­ven­tude Tra­ba­lha­dora.

No ple­nário do En­sino Se­cun­dário e do En­sino Pro­fis­si­onal dis­cu­tiram-se os prin­ci­pais pro­blemas que afectam a Es­cola Pú­blica. Falta de pro­fes­sores, es­colas de­gra­dadas, os exames na­ci­o­nais e a falta de de­mo­cracia foram al­gumas das ques­tões mais le­van­tadas. Para além desta ca­rac­te­ri­zação, tra­çaram-se ainda li­nhas de tra­balho para o início do pró­ximo ano lec­tivo em que se pre­tende in­ten­si­ficar a pre­sença da JCP juntos dos es­tu­dantes do País.

No ple­nário do En­sino Su­pe­rior, os jo­vens mi­li­tantes cons­ta­taram o avo­lumar dos pro­blemas nos mais di­versos planos, desde a pro­pina e da Acção So­cial Es­colar in­su­fi­ci­ente até às graves ques­tões do alo­ja­mento.

No mo­mento de dis­cussão dos Jo­vens Tra­ba­lha­dores, a pre­ca­ri­e­dade e os baixos sa­lá­rios ali­ados ao au­mento do custo de vida e às di­fi­cul­dades no acesso à ha­bi­tação foram al­gumas das ques­tões co­lo­cadas em de­bate.

Os di­fe­rentes mo­mentos de re­flexão de cada Or­ga­ni­zação con­ver­giram, no es­sen­cial, na ne­ces­si­dade do re­forço da JCP e, con­se­quen­te­mente, no re­forço da luta. Da dis­cussão e da troca de apren­di­za­gens, os jo­vens co­mu­nistas saíram com a con­fi­ança re­do­brada de que têm so­lução todas as di­fi­cul­dades por eles en­fren­tadas e de que está nas mãos da ju­ven­tude lutar contra as mais va­ri­adas in­jus­tiças.

No mesmo dia, houve ainda es­paço para um mo­mento de­di­cado ao lazer e con­vívio. Foi o já tra­di­ci­onal Tor­neio da Bola que, como em anos an­te­ri­ores, di­vertiu os que jo­gavam e os que as­sis­tiam, de­mons­trando o papel es­sen­cial que o des­porto ad­quire na Festa.

 

Afirmar a JCP

No dia 14, se­gunda-feira, cen­tenas de jo­vens da JCP en­cheram as ruas da Amora num grande des­file. A luta por uma Es­cola Pú­blica, gra­tuita, de­mo­crá­tica e de qua­li­dade, por um En­sino Su­pe­rior sem bar­reiras, por me­lhores sa­lá­rios, pelo fim da pre­ca­ri­e­dade e da des­re­gu­lação dos ho­rá­rios e pelo di­reito à ha­bi­tação es­ti­veram pre­sentes nas mais va­ri­adas pa­la­vras de ordem que os muitos mi­li­tantes e amigos gri­taram a uma só voz.

Foi apenas após a manhã de tra­balho de dia 15 que os jo­vens co­mu­nistas co­me­çaram a re­gressar às suas terras e casas. Da Ata­laia saíram com con­fi­ança e von­tade re­do­brada de cum­prir a im­por­tante ta­refa de di­vulgar e cons­truir a Festa e com a cer­teza de que, em Se­tembro, ali es­tarão de novo para um mo­mento que é também seu.

 



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