Numa declaração a propósito do Dia Nacional do Bombeiro, assinalado no dia 27, o PCP denunciou a falta de apoios a esta que é a «principal força do sistema de Protecção Civil» e as opções políticas que a têm fragilizado e dificultado a sua missão. Octávio Augusto, da Comissão Política, lembrou que os bombeiros asseguram a «emergência pré-hospitalar, socorro e resgate de vítimas de acidentes rodoviários, transporte de doentes não urgentes, combate a incêndios rurais, urbanos ou industriais, cheias e inundações».

Com os incêndios rurais a surgirem cada vez mais cedo, sucedem-se os anúncios de planos, no essencial sempre adiados: «mais verbas, meios, efectivos e, como de costume, meios aéreos quase exclusivamente dependentes de privados e contratados tarde e a más horas.»

O dirigente comunista acusou ainda o Governo de ignorar a «dramática situação financeira das Associações, que não é ainda mais grave porque vários municípios suportam grande parte das despesas». Bem como de de fazer equivaler a «aposta na profissionalização» à precariedade e aos baixos salários. Realçando a necessidade de incentivar, reconhecer e apoiar o voluntariado, o Partido lembrou que os bombeiros continuam sem comando próprio e são usados como mão-de-obra barata.